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Artigos Quarta-feira, 19 de Abril de 2017, 14:30 - A | A

Quarta-feira, 19 de Abril de 2017, 14h:30 - A | A

opinião

Diabetes e vida saudável

                                                                                                                                                                         por Hélcio Corrêa Gomes *

Há sempre novo tratamento popular (miraculoso) atribuindo cura a diabetes. Ou fruta, raiz e folha etc. redescoberta, que a elimina de vez a doença. Tem crendices para tudo. Inclusive, metade dos diabéticos (diabetes 2) resolve ignorar a mortalidade lenta da diabetes descontrolada, segundo a OMS. Tem até quem opta por não mencionar a palavra diabetes, mas o fato não faz com que ela suma do cenário.

No início tal síndrome metabólica é pouco sintomática. Mas quando apresenta complicações, que não são poucas, não adianta tardar com os tratamentos tradicionais. E não raro já têm estragos ou piora na qualidade de vida (evitável). Diabetes tem origens diversas. Estado de adoecimento por falta e/ou incapacidade da insulina de exercer efeitos no corpo. O que causa aumento da glicose (açúcar) no sangue. Após atinge órgãos vitais, que levam aos problemas renais, oftalmológicos e cardiológicos etc.

A hipertensão e diabetes frequentemente caminham lado a lado. Imagina descontrole na pressão arterial e a diabetes enfraquecendo as artérias. AVC com dias fatídicos contados.

O Ministério da Saúde (MS) publicou, na segunda-feira (17), estudo que alimentação inadequada e bebidas açucaradas (refrigerantes, cervejas etc.), andam trazendo excesso de peso nos brasileiros. Obesidade que nos últimos 11 anos cresceu no Brasil de 26,3% para 53,8%, segundo dados/2016 da Vigilância de Fatores de Riscos e Proteção de Doenças Crônicas. Vale lembrar que obesidade e diabetes são siamesas.

A Organização Mundial da Saúde já aponta que as mulheres são mais afetadas por diabetes (8,8% da população) que os homens (7,4%). Tal enfermidade já situa como a 3ª causa de mortes no mundo.

Trata-se de doença, ainda, incurável, mas controlável. Embora Universidade em Massachusetts (EUA) tenha iniciado testes de vacina em humanos para curar a diabetes 1, que se apresenta rapidamente por problema congênito ou imunológico. A grande incidência é de diabetes 2, que se liga muito no viver para comer e não comer para viver.

É preciso desmitificar o estigma antigo contra as insulinas artificiais. O processo de congelar pâncreas de boi ou suíno, moer e adicionar álcool e filtrar cristalização, já foi substituído por biotecnologias genéticas, que por bactérias modificadas se produzem insulinas a partir de DNA humano (recombinado), as quais se tomadas nas doses corretas não mais têm os dilemas anteriores. Apenas endocrinologistas devem indicá-las. Afinal, cada diabético possui necessidade diferente e reação peculiar (contornável).

A melhor prevenção da diabetes está, ainda, na alimentação boa e equilibrada e exercícios físicos diários. Diabetes agrava com tabaco, droga e bebida alcoólica sem exceção. Tal como excesso de carboidratos e doces. Além de vida sedentária.

Diabetes controlada não mais significa vida difícil ou insuportável. O descontrole sim faz insurgir cegueira, perda de funcionalidade de órgão vital, amputação de dedos, antebraços e pés etc.

Aqui cada qual escolhe adiar ou acelerar a própria morte. E até morrer perdendo os pedaços na vida afora. Não vale reclamar das finanças, pois o SUS oferta bons atendimentos especializados e gratuitamente insulinas. Acho que escolher viver com ligeira limitação é, ainda, a melhor opção.

* Hélcio Corrêa Gomes é advogado.

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