O transporte do mercúrio contrabandeado pelo Grupo Veggi, apontado como o operador do esquema investigado pela Polícia Federal, acontecia de forma rudimentar, sem nenhum tipo de cuidado, expondo a risco todos ao redor. A informação consta no inquérito PF de Campinas.
De acordo com os documentos, o empresário William Leite Rondon contou em depoimento que Arnoldo da Silva Veggi, representante do Grupo Veggi, ao explicar todo o funcionamento do comércio ilegal do mercúrio, revelou que o transporte era feito de forma rudimentar. Segundo ele, mercúrio era transportado às vezes dentro de um ônibus por um funcionário, colocando o produto no “bolso”, e até no “saco”.
Em outro oportunidade, Arnoldo revelou para então sócio, William, que estava no México tentando enviar mercúrio misturado com outras substâncias pelos Correios, sem nenhum cuidado com o produto transportado.
“Foram diversas tentativas e WILLIAN acompanhou todo o procedimento. Em algumas oportunidades, o mercúrio vazava e o risco de contaminação aumentava”, diz trecho do documento.
Além disso, consta no inquérito que em 24 de maio de 2022, Arnoldo foi até a cidade de São Paulo e conseguiu negociar a obtenção de uma carga de mercúrio que estava em um estoque de uma empresa ligada ao ramo da odontologia.
“Arnoldo mostrou para Willian que o lote a ser comprado seria enviado aos poucos em virtude de sua apresentação estar fragmentada”, sic documento.
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