A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Marina Silva, destacou o potencial natural brasileiro como fator crucial para a ascensão do país como potência agrícola mundial. Durante sua participação na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados, nesta terça (21.11), Marina ressaltou a possibilidade de manter essa posição sem a necessidade de desmatamento.
O foco da ministra é a utilização de áreas já abertas, aproximadamente 15 milhões de hectares, e o investimento em tecnologia para aumentar a produtividade agrícola. Ela também comentou sobre o projeto de "reindustrialização verde" liderado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), destacando sua importância para combater a desigualdade no país.
A ministra anunciou que o Plano Safra 2023/2024 terá a agricultura de baixo carbono como prioridade, exigindo práticas sustentáveis, como o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e a regularização ambiental da propriedade. O plano também prevê incentivos para agricultores que adotam práticas sustentáveis, incluindo o uso de bioinsumos.
Marina Silva reforçou o compromisso do Brasil com a segurança alimentar global, mas ressaltou a importância de alcançar esse objetivo com sustentabilidade econômica, social e ambiental. Ela mencionou a retomada do Fundo Amazônia, que focará em municípios com altas taxas de desmatamento, oferecendo incentivos econômicos para produtores que buscam regularizar suas propriedades.
A ministra também abordou a questão das mudanças climáticas, destacando que são resultados da ação humana desde a revolução industrial, com emissões de CO₂ provenientes do uso de carvão, petróleo e gás.
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