O guarda civil Anderson Gomes Pedro Pupim foi condenado nesta terça-feira (11) a 12 anos de prisão em regime fechado por feminicídio por matar a mulher que jogou o filho pelo muro para ser salvo, em Goiânia. O crime aconteceu em janeiro de 2021.
A defesa de Anderson disse ao g1 que lamenta a decisão e disse que o Conselho de Sentença optou por votar contrário à pretensão da defesa, bem como do Ministério Público, pois ambos requereram a exclusão das qualificadoras, mas os jurados acolheram a qualificadora do feminicidio. Disse ainda que vai recorrer da decisão.
A investigação reconheceu as lesões sofridas pela vítima e sua consequente letalidade, atribuindo a autoria do crime ao réu. A sentença descreve ainda que os jurados não reconheceram que o crime foi praticado por motivo fútil, mas que foi praticado pela condição do sexo feminino.
O g1 entrou em contato com a Guarda Civil Metropolitana de Goiânia, e aguarda retorno.
Segundo a Polícia Militar, a criança presenciou todo o crime e chegou a pedir socorro para os vizinhos com medo de também ser morta.
Crime
Em entrevista à TV Anhanguera, uma vizinha, que não quis ser identificada, disse que ela e o marido ouviram os gritos da criança, que foi jogada pelo muro, pela mulher, antes dela morrer.
“O menino gritou vizinha, me ajuda! Ele vai me matar. A gente escutou um terceiro disparo, mas esse disparo foi mais aberto. Foi como se fosse muito próximo. Só que o meu marido já tinha aberto a porta e já tinha pegado o menino que estava no chão lá na área do fundo da minha casa” contou.
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