O relatório final do inquérito da Operação Cleanup, deflagrada em 19 de dezembro pela Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE), que investiga suposta prática dos crimes de tráfico e associação para o tráfico atuante em Várzea Grande, foi entregue ontem (19.02) à Promotoria Criminal de Várzea Grande.
O inquérito resultou no indiciamento de 33 pessoas suspeitas de envolvimento com o tráfico de drogas no município, sendo que desse total, 19 tiveram a prisão preventiva decretada em dezembro no ano passado, entre elas, o vereador de Várzea Grande, policial aposentado Jânio Calistro (MDB).
Com o relatório em mãos, a Promotoria Criminal de Várzea Grande tem 10 dias para decidir se irá ou não apresentar a denúncia criminal contra os indiciados, ou seja, se irá propor a ação penal contra as 33 pessoas apontadas pela Polícia Judiciária Civil.
Vale destacar que os indiciados devem responder por suposto tráfico de drogas e associação para o tráfico de drogas.
Envolvimento do vereador - Segundo consta dos autos, há interceptações telefônicas em que Calistro, supostamente, manteria contato com João Vanderson, o “PERUCA” – também denunciado, onde este prestaria satisfação a ele de todos os seus passos na empreitada criminosa.
Ainda, há um diálogo entre Calistro e “Peruca”, tramando, supostamente, o “roubo” de uma droga que seria entregue em uma chácara, cuidada por bolivianos; eles teriam comentado sobre a quantidade da droga, o valor, que ela seria transportada através de um caminhão boiadeiro e depois onde seria armazenado. “Peruca” teria comentado que o boliviano iria ligar quando a droga chegasse, pois o ajudaria a distribuir; e Calistro teria comentado que “qualquer coisa” poderia “empurrar”, ou seja, matar o boliviano.
Também haveria outro diálogo de “Peruca” informando ao Jânio Calistro a chegada de 63 quilos ou peças de droga e que o valor seria de aproximadamente R$ 600 mil. Assim, diante do valor, a autoridade policial, supõe que seja substância análoga a pasta base de cocaína.
No entanto, a defesa alega que as interceptações telefônicas são interpretadas pelos Policiais, segundo seus juízos de valores, no sentido de que os diálogos entre Calistro e “Peruca” seriam sobre entorpecentes. “Pois bem, o Paciente preso preventivamente e interrogado perante a Autoridade Policial, negou de forma veemente os fatos que lhe foram atribuídos na investigação, pois não correspondem com a verdade real. Afirmou que conhece João Vanderson desde criança porque ele jogava bola com seu filho, mas não tem amizade com ele e ele não frequenta sua casa” cita a defesa.
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