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Penal Quarta-feira, 06 de Novembro de 2024, 10:04 - A | A

Quarta-feira, 06 de Novembro de 2024, 10h:04 - A | A

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Preso por tráfico denuncia tortura da Rotam e diz que polícia "plantou droga"

O suspeito foi preso por tráfico de drogas outras duas vezes, em 2020 e 2022

Nicolle Ribeiro/ VGN Jur

Um jovem de 23 anos, identificado pelas iniciais L.F., foi preso na noite de terça-feira (05.11) com 26 porções de substâncias análogas à maconha e uma balança de precisão – indicando tráfico de drogas, no bairro Jardim Fortaleza, em Cuiabá. Ele nega o crime e afirma que foi alvo de abuso policial.

O supeito possui ficha criminal com passagens por tráfico de drogas e associação ao crime organizado nos anos de 2020 e 2022.

Segundo o boletim de ocorrência, policiais realizavam patrulhamento na região quando avistaram um Toyota Corolla e, devido ao nervosismo do motorista, decidiram realizar abordagem. Durante busca no veículo, foram encontradas cinco porções de substância análoga à maconha. Ao perceber a situação, o suspeito tentou fugir, mas foi contido pelos policiais.

Ao ser questionado sobre sua presença na região, L.F. alegou que possui uma casa em reforma nas proximidades. Após buscas no local, a polícia encontrou mais 21 porções de substância análoga à maconha e uma balança de precisão, indicando prática de tráfico de drogas. O suspeito foi então detido e levado à delegacia.

Suspeito declarou ter sido torturado

No depoimento, L.F. apresentou uma versão diferente dos fatos. Ele afirmou que viu a droga que a polícia disse ter encontrado com ele e em sua casa apenas quando os policias chegaram na delegacia com porções de substâncias análogas à maconha e com uma balança de precisão.

O suspeito alegou que estava na companhia de sua esposa e filhos apenas para buscar ovos de galinha, como costuma fazer. Segundo ele, a abordagem ocorreu quando estava de saída do local. Ele afirma que policiais apontaram uma arma para ele e ordenaram que saísse do carro, na frente dos filhos, e que durante a revista pessoal não foi encontrado nada ilícito.

L.F. também relatou que, ao mencionar que tinha um primo na Rotam, os policiais entraram em contato com o parente, que teria respondido de forma ambígua, dizendo que "ele era primo e, ao mesmo tempo, não era" e que eles poderiam "quebrá-lo na porrada".

Após isso, o jovem foi levado a um terreno baldio ao lado de sua casa, onde, segundo ele, foi agredido com socos na cabeça e no rosto. Ele ainda relatou ter cortado a mão ao recusar desbloquear o celular e ter sido atingido com spray de pimenta.

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