por Dana Campos*
Estrutura familiar, educação escolar, princípios religiosos e éticos.
A ausência desses ensinamentos e doutrinas, associada à cultura do consumismo e ao surgimento da 'celebridade às avessas', tem degenerado grande parcela de uma geração de crianças e adolescentes, que se tornou descompromissada com o seu próprio futuro. Pois, possuem valores avessos aos da moral, educação e respeito à família e ao próximo.
Crianças e adolescentes 'órfãos' de uma família estruturada, com base em princípios morais e disciplinares, e também de políticas educacionais e de inclusão social. O resultado disso tem sido essa violência exacerbada e assustadora. Crianças sendo arremessadas de pontes e apartamentos, pessoas sendo decapitadas e incendiadas, por não terem dinheiro para entregar a criminosos que, na maioria, têm entre 18 e 24 anos.
Dinheiro que para esses adolescentes e jovens serve somente para adquirir e ostentar algo, que na verdade não tem. Muito disso também é fruto de uma cultura midiática do 'ter para poder ser'. E a sociedade em geral, de maneira equivocada, associa tamanha violência à falta de 'segurança'. A segurança pública, em todas as esferas, deve sim ser melhor equipada e aparelhada. Entretanto, por mais contingente que adquira e por mais moderna que esteja jamais irá educar e pregar princípios e valores morais a esses jovens degenerados.
Para transformar essa realidade violenta, o cidadão precisa passar a olhar e cuidar dos seus. Preocupar com as questões do seu próprio ambiente familiar e tomar medidas que realmente evitem que uma criança ou jovem inicie no mundo do crime.
O cidadão que é pai, mãe, filho, filha, avô, avó, tio, tia, irmão, irmã, etc. O que faz para que a criança ou jovem com que convive não se torne um degenerado, um transgressor de regras e das leis? Aliás, que tipo de regras, valores, princípios morais e éticos passam a eles?
Que exemplo de vida dá a eles? A criança, o adolescente e o jovem precisam de limites. Devem conhecer entender e respeitar regras de convivência, de conduta familiar e social.
Sendo assim, o cidadão que normalmente atribui a violência humana tão e somente ao setor de segurança, deve antes tomar consciência da responsabilidade que possui em relação à educação de suas crianças e jovens. Deve servir de exemplo e, assim, não esperar somente que o poder público resolva o problema da violência humana.
*Dana Campos é jornalista
Sebastião Nunes de Almeida 20/05/2014
Prezada Dana Campos, sou graduando do Curso de Direito e estou fazendo um trabalho sobre Violência Humana e Segurança Pública. Gostaria que você me enviasse esse artigo por completo.
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