Em poucas semanas, a presidente Dilma Rousseff perdeu 27 pontos de popularidade. Seu índice de ótimo e bom, de acordo com o Datafolha, caiu de 57% para 30%. Em seis anos, o "rebanho" do papa Francisco também encolheu. No Brasil, maior nação católica do mundo, o percentual de pessoas que se declaram seguidoras dessa doutrina caiu de 64%, em 2007, para 57%, em 2013, segundo o mesmo instituto de pesquisas.
Não por acaso, o Brasil foi escolhido para sediar a Jornada Mundial da Juventude. No Rio de Janeiro, o papa Francisco, que imprimiu um tom poético a suas falas, disse que "a juventude é a janela pela qual o futuro entra no mundo". Ele afirmou ainda que “Cristo bota fé nos jovens”, sinalizando que a juventude quase sempre tem razão, inclusive quando protesta e cobra melhorias dos governos – exatamente o motivo que corroeu a popularidade de Dilma.
A presidente, por sua vez, também enviou um recado, no dia em que se encontrou com o pontífice. Disse que os jovens querem uma política que atenda aos interesses do povo e que não seja um território de privilégios. Bem perto dali, no Palácio Guanabara, jovens queimavam um boneco do governador Sergio Cabral, que, com seu “voo das babás” à casa de praia, em Mangaratiba (RJ), se tornou símbolo da política que enriquece e cria regalias.
Com palavras sinceras, um olhar caridoso e a recusa a todo tipo de privilégio, como uma cama no o voo que o trouxe ao Brasil ou um carro blindado no Rio, o papa Francisco, que disse não trazer “nem ouro, nem prata”, se conectou com o povo. De acordo com o teólogo Leonardo Boff, ele será o papa da ruptura.
Para a presidente Dilma, sua vinda foi uma benção, pois ela terá nele um grande exemplo para tentar interpretar a voz das ruas e agir de acordo com o coração – nem que para isso seja necessário subverter as regras tradicionais da política.
RAQUEL 23/07/2013
ARTIGO BOM E MODERADO.
PARABÉNS!!
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