O governador do Estado, Pedro Taques (PSDB) admitiu que houve falha no controle de fiscalização para evitar corrupção em seu governo. A declaração de Taques foi feita durante coletiva à imprensa, na tarde desta quarta-feira (04.05), no Palácio Paiaguás.
Taques diz que precisa melhorar os mecanismos de controle, e reconhece que é impossível acabar com a corrupção.
“Esses fatos revelam que os mecanismos precisam de melhor controle apesar desses que nós já fizemos até agora. Falhou o controle. Nós já estamos resolvendo onde ocorreu a falha”, afirmou.
O gestor classificou as fraudes na Educação como “misto de alegria e tristeza”. “A alegria porque as instituições estão funcionando, quero parabenizar o Ministério Público, é bom que isso continue. E tristeza porque ocorreu, e isso mostra que outros instrumentos de controle precisam existir”, enfatizou.
Sobre o secretário de Educação, Permínio Pinto (PSDB), Pedro Taques justificou que acredita na inocência dele, mas que o afastamento é para garantir tranquilidade na investigação que será realizada na Seduc/MT.
“O secretário Permínio não está sendo investigado, mas ele entendeu, e eu assim entendi, que nesse momento é melhor que nós tenhamos uma investigação ali dentro da Secretaria com total tranquilidade sem a menor possibilidade de suspeita, de dúvidas, a respeito de um melhor resultado que ele trará”, explicou.
Sobre a possibilidade de José Arlindo se tornar secretário efetivo na Educação, Taques limitou-se a dizer: “Ele não será o secretário de Educação. Ele está ali junto com Câmara de Gestão, a Procuradoria do Estado, e a Auditoria, tomando as medidas que se façam necessárias”.
Entenda o caso - O Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrou na manhã dessa terça-feira (03.05), a operação Rêmora com objetivo de desmantelar uma organização criminosa que atuava em licitações e contratos administrativos de obras públicas de construção e reforma de escolas da Secretaria de Estado de Educação (Seduc/MT).
As fraudes teriam iniciado em outubro de 2015 e dizem respeito a, pelo menos, 23 obras de construção ou reforma de escolas públicas em diversas cidades do Estado, cujo valor total ultrapassa o montante de R$ 56 milhões.
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