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O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (DEM), revelou que o procurador-geral de Justiça, José Antônio Borges, deve comparecer na próxima terça-feira (23.07), para dar mais esclarecimentos sobre denúncia feita pelo cabo PM, Gerson Corrêa, sobre irregularidades cometidas em investigações do Ministério Público, entre elas usando uma “verba secreta”.
Botelho garante que o procurador aceitou convite para explicar as providências que serão tomadas pelo MP. “O procurador geral já foi convidado, ele já concordou, já aceitou, vai vir aqui na próxima terça no colégio de líderes e vai colocar a posição dele, a posição do MP como um todo e mostrar para os deputados a providência que ele tomou lá”, anunciou Botelho, na manhã desta quinta-feira (18.07), durante a sessão.
Alguns deputados pediram para que o presidente abra uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar a acusação do cabo que aponta vários promotores do Gaeco (Coordenadoria de Controle Externo da Atividade Policial e dos Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), envolvidos em esquemas de grampos ilegais, verba secreta e favorecimento com a mídia. No entanto, o democrata explica que é necessária prudência neste momento.
“Com tudo o que foi declarado, evidentemente que tem este sentimento especialmente de alguns deputados. Mas, nós pedimos prudência para conversar com o procurador-geral, para ele explicar as providências que está tomando, para os deputados terem mais ciência dos depoimentos e ver se há realmente existe essa necessidade”, comenta ele.
Porém, o deputado acredita que trata-se de uma grave denúncia, já que, alguns promotores usavam de ferramentas ilícitas com propósitos escusos. “Não é o Ministério Público como um todo, mas pelo menos alguns promotores, especialmente aqueles que estavam no Gaeco que agiram de uma forma mais individual, no sentido de aparecer, de querer estar na mídia. Não sei qual era o interesse dele, se era político o que que é, mas parece que teve isso, e para isso eles fizeram de tudo, usaram grampos, usaram de tudo”.
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