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Polícia Quinta-feira, 18 de Julho de 2019, 08:35 - A | A

Quinta-feira, 18 de Julho de 2019, 08h:35 - A | A

violência contra a mulher

VG teve três casos de feminicídio somente em 2019, diz delegado

Sarah Mendes/VG Notícias

VG Notícias

Delegado

 delegado Cláudio Sant’Ana em entrevista ao VG Notícias No Ar

Na tentativa de diminuir o número de casos de feminicídio em Várzea Grande, a Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, Criança e Idoso do município desenvolveu um alerta que prioriza os casos emergenciais, além disso, foi desenvolvido também um projeto com intuito de conversar com homens a respeito da violência contra a mulher.

Em entrevista ao oticias No Ar, o delegado titular da unidade, Cláudio Sant’Ana, diz que quando há um caso de feminicídio, a delegacia realiza reunião para que seja feita uma autocrítica. Segundo ele, “a partir do momento que a vítima fez um boletim de ocorrência e veio a falecer, a polícia perdeu. Essa é a minha concepção. Então, se nós perdemos, nós vamos parar o time e ver o que pode ser mudado.”

Em Várzea Grande houve três casos de feminicídio somente neste ano e, para que mortes como essas sejam evitadas, surgiu a ideia da implantação da ‘tarja vermelha’ nos inquéritos policiais. De acordo com o delegado, essa ação não vai acabar definitivamente com o problema, mas foi a maneira encontrada de tentar evitar e priorizar.

“Nós chegamos a análise que poderíamos fazer uma situação de emergência. Assim, enquanto a vítima faz um boletim de ocorrência na delegacia, o servidor que está redigindo o documento realiza uma busca no sistema, se a pessoa já possuir mais de um B.O. em seu nome, a gente passa a trabalhar com o alerta. Quando tem essa tarja vermelha o caso é encaminhado imediatamente para o delegado, que analisa imediatamente se é o caso de pedir uma prisão, fazer outra medida protetiva ou comunicar o juiz que aquela medida está sendo descumprida”, explica.

Ainda na tentativa de reduzir o número de ocorrências, Cláudio Sant’Ana idealizou, após análise, um projeto denominado ‘De homem para homem’, onde é estabelecido um diálogo entre delegado e acusado e tem o objetivo de desempenhar um papel social.

Esse trabalho está sendo executado por voluntários desde 2014. De acordo com o delegado, além de dar um atendimento adequado à vítima, precisa haver também um diálogo com o homem. “Analisando eu cheguei a conclusão que nós deveríamos tratar também o homem, pois quem está batendo, matando e agredindo é ele”, argumenta.

O projeto visa levar uma equipe da delegacia para dentro de empresas que trabalham, em sua maioria, com o sexo masculino. Segundo diz Sant’Ana, objetivo é levar o conhecimento da lei Maria da Penha para o homem e trabalhar na prevenção. “A lei tem que chegar em que está praticando também. Se ele não tem conhecimento da lei, ele vai ameaçar, vai agredir e aí se inicia o ciclo da violência”, completa.

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