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Cidades Quarta-feira, 30 de Setembro de 2015, 22:31 - A | A

Quarta-feira, 30 de Setembro de 2015, 22h:31 - A | A

"Mal da Pernas"

Empresas de Mauro Mendes pedem recuperação judicial

Quatro empresas do prefeito de Cuiabá ingressaram com pedido de recuperação judicial

Welington Sabino, repórter do GD

Com uma dívida declarada de R$ 100 milhões junto a fornecedores e bancos, 4 empresas do prefeito Mauro Mendes (PSB) ingressaram com pedido de recuperação judicial junto à Justiça de Mato Grosso. O pedido foi protocolado em nome do Grupo Bipar constituído empresas Bimetal Indústria Metalúrgica Ltda, Bipar Energia S.A., Bipar Investimentos e Participações S.A e Mavi Engenharia e Construções Ltda. A ação irá tramitar na 1ª Vara Cível de Cuiabá, mas ainda não foi distribuída. 

Em nota, o grupo informou que o objetivo dos representantes é utilizar a recuperação judicial para preservar milhares de empregos diretos e buscar o equilíbrio financeiro para saldar as dívidas e seguir com a execução de aproximadamente R$ 200 milhões em contratos. Na Justiça Estadual, principalmente nas varas cíveis de Cuiabá, a Bimetal, que atua no ramo de projetos, fabricação, instalação e montagem de torres para telecomunicações e energia elétrica é alvo de várias ações de execução de dívidas.

Mauro Mendes é sócio e presidente do grupo, mas estão licenciado. Em seu lugar, que responde é o diretor do Grupo, Luis Nespolo. Na nota encaminhada pela assessoria o executivo explica que entre os motivos que levaram as empresas a recorrer à recuperação judicial, estão quebras indevidas de alguns contratos e inadimplências, o que gerou prejuízos ao grupo.

Cita com o exemplo a demora na aprovação de um pedido de aditamento de valor do contrato mantido pela Mavi com a Matrinchã Transmissora de Energia S.A., para a construção de uma linha de transmissão em Mato Grosso. “A Mavi está ingressando na Justiça Arbitral cobrando uma diferença de execução do contrato no valor de R$ 112 milhões”, diz. Argumenta que a Matrinchã demorou cerca de um ano para apreciar o pedido de aditivo o que gerou uma defasagem muito grande das receitas e despesas do Grupo “já que no período mantivemos a execução do contrato sem a remuneração devida".

O Grupo Bipar também cita entre as causas da dificuldades financeiras a perda de crédito bancário das empresas em função da exposição política do fundador do grupo, o empresário Mauro Mendes, especialmente depois da sua inclusão na investigação da Polícia Federal (PF) e Ministério Público Federal (MPF) na Operação Ararath que investiga um complexo esquema de crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro. Mauro Mendes foi alvo da 5ª fase da Ararath, deflagrada no dia 20 de maio de 2014 e continua sendo investigado num inquérito sigiloso que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).

"Outro fato preponderante que contribuiu para o agravamento da situação do grupo ocorreu em 2014, depois que Mauro Mendes foi considerado pelas instituições bancárias uma PPE (pessoa politicamente exposta), gerando uma restrição de crédito corporativo e impedindo o aumento do capital de giro das empresas. Devido a este fato e outros de exposição pública de seu principal acionista, o grupo teve parte dos seus limites de créditos bancários reduzidos ou cortados, em um momento em que deveriam ser ampliados para fazer frente a elevação do nível de atividade e faturamento", informa o comunicado do grupo empresarial.

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