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Política Terça-feira, 22 de Setembro de 2015, 08:39 - A | A

Terça-feira, 22 de Setembro de 2015, 08h:39 - A | A

Governo mostra estimativa de gastos e pede para líderes manterem vetos

Aliados disseram que veto a reajuste do Judiciário pode ser derrubado

G1.com

Preocupado com a possibilidade de vetos presidenciais a “pautas-bombas” serem derrubados, o ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, que deve assumir a articulação política do governo, se reuniu na noite desta segunda-feira (21) com líderes da base aliada na Câmara para apresentar o impacto da eventual retomada dos projetos vetados.

O Congresso se reúne nesta terça para analisar 32 vetos da presidente Dilma Rousseff, entre os quais o que derrubou reajuste de até 78% aos servidores do Judiciário. De acordo com o Ministério do Planejamento, eventual retomada desses dispositivos vai gerar um gasto extra de R$ 23,5 bilhões no ano que vem e R$ 127,5 bilhões até 2019.

“O diálogo que temos feito é no sentido de tentar convencer o Congresso da inoportunidade de derrubar o veto. Ninguém quer tocar fogo na economia brasileira. Em condições normais não poderíamos derrubar, ainda mais na situação atual. Os vetos precisam ser mantidos”, defendeu o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-SP), após a reunião.

Durante o encontro, realizado no Palácio do Planalto, os parlamentares da base aliada disseram a Berzoini que o veto ao Judiciário corre risco de ser derrubado. Servidores têm feito forte pressão pelo reajuste, com manifestações semanais em frente ao Congresso. A proposta vetada por Dilma prevê aumentos entre 53% e 78% aos servidores, a depender do cargo.

As correções salariais seriam escalonadas até 2019. De acordo com o Planejamento, essa proposta vai gerar uma despesa de R$ 5,3 bilhões no ano que vem. Em quatro anos, até 2019, o custo total será de R$ 36,2 bilhões.

“É a mais difícil votação dos últimos tempos para o governo”, disse o líder do PSD, Rogério Rosso (DF), que também participou da reunião com Berzoini. A avaliação, segundo relatos feitos ao G1, é de que, se a votação fosse na próxima semana, a chance de o veto ser rejeitado seria menor.

Por isso, o governo deve tentar adiar a sessão do Congresso se perceber que o risco de derrota é grande. A estratégia seria orientar os senadores da base aliada a não registrar presença, para que não seja alcançado o quórum mínimo para votação.

“Todos nós fomos sinceros. Há um risco grande de ser derrubado o veto ao reajuste. Esse risco vem diminuindo, mas continua. Acho que se a votação fosse na semana que vem, o governo levava”, disse um líder de partido aliado.

Se todos os vetos da pauta forem rejeitados, só as despesas extras previstas para 2016 vão praticamente anular quase todo o esforço de corte de gastos que o governo anunciou como parte do pacote de ajuste fiscal – R$ 26 bilhões.

Para evitar esse rombo adicional ao Orçamento de 2016, que já tem previsão de déficit na ordem de R$ 30,5 bilhões, a presidente Dilma Rousseff também fez, pessoalmente, apelos parlamentares da base aliada para que mantenham os vetos presidenciais. O assunto foi tema das reuniões que a presidente teve com líderes de partidos aliados na Câmara e no Senado na semana passada.

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