Ministério Público Estadual (MPE) recorreu da decisão que absolveu, por meio de júri popular, o caseiro e vaqueiro Anastácio Marafon de 54 anos pela morte do ex-secretário de Estado Vilceu Marchetti.
O promotor de Justiça, Natanael Moltocaro Fiúza, contesta a tese de legítima defesa sustentada que no dia do crime, em 7 de julho de 2014, Marafon adentrou no quarto da vítima e “efetuou 3 disparos, todos mortais”. Os tiros atingiram a região torácica e a cabeça da vítima, causando a morte instantânea.
Fiúza afirma no seu pedido que Vilceu morreu “no próprio leito em que se encontrava, sem qualquer possibilidade de ser socorrido”. O revólver usado no crime nunca foi encontrado.
A tese do MPE é em conformidade com o laudo pericial, que atestou que Vilceu foi assassinado com três disparos sendo um a curta distância, e o outro encostado à vítima.
"O conjunto probatório dos autos não deixa qualquer dúvida de que a vítima Vilceu Marcheti foi executada quando se encontrava deitada em sua cama, para o repouso noturno, mostrando-se completamente divorciadas do conjunto probatório dos autos, ambas as versões apresentadas pelo apelado para justificar a execução da vítima", diz trecho do recurso do MP.
Ainda no recurso, o promotor sustenta que não se deve prevalecer a sentença absolutória (que não acolhe o pedido de condenação) do Tribunal do Júri, “pois a decisão dos jurados foi manifestamente contrária à prova dos autos”.
O crime foi praticado por volta das 18h50 na Fazenda Mar Azul em Santo Antônio do Leverger (34 km ao sul de Cuiabá).
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