por Wilson Fuá*
A grande maioria dos eleitores, não recebem informações e orientações necessárias de forma simples, didática e lógicas sobre a importância do ato de votar.
Infelizmente a grande massa eleitoral vota com total desinformação pela falta de cultura política, por isso fazem escolhas erradas e optam por determinado candidato da sua proximidade, pensando primeiramente pelo relacionamento em forma de recompensa futura, pensam primeiramente na possibilidade de receber um emprego ou ser incluso no sorteio de uma casa popular; ou receber a esmola social de uma bolsa família que tira o poder das pessoas lutarem pelo seu próprio sustento. Mas, na verdade estão desperdiçando a importância do voto para receber algo em troca, e pensam que assim procedendo estará possibilitando uma melhoria futura para sua vida.
Ao votar mal, o eleitor estará contribuído para o crescimento de todo tipo de problemas sociais: violência urbana com assalto em todas as esquinas; aumento da prostituição infantil; aumento das “cracolândias”; péssima educação; sistema de saúde que chega a beira do ridículo e transporte público aparentando o transporte de gado e corrupção desenfreada que desvia os recursos das ações sociais. Ao não saber votar o povo estará dando aval para criação de uma casta de políticos lobistas que estão a serviço dos grandes negócios ilícitos, pilantras de termo e gravata que de caneta em punho, especializaram em causar prejuízo ao erário.
Somente através de uma mudança cultural inserindo nas grades curriculares a disciplina: “O sistema político brasileiro” . Oferecendo um sistema educacional substancial que ensine a importância da política na vida do povo e orientando as criança sobre a importância do voto, informando-as que votar é praticar a plenitude da cidadania, pois somente através da cultura política que o povo passa a possuir o poder popular de combater de forma massiva à corrupção, além saber escolher o melhor administrador para a sua cidade.
O povo tem que entender porque está votando. E, acima de tudo saber votar não é uma mera obrigação, é na verdade um direito conquistado a dura pena durante mediante a luta pela redemocratização do país, e muita pessoas reclama por ter que sair por um dia da sua casa para votar e pior ainda, é ficar ouvindo aqueles que têm preguiça democrática exigir que o ato de votar seja facultativo, e alguns desinformados, que só votam, para ficar isento da ínfima multa ou escapar das sanções das leis eleitorais. O eleitor deve ter a consciência que não sabendo votar estará contribuindo para que os maus políticos desviem para dos seus bolsos milhões de recursos públicos, deve saber que ao não votar, simplesmente transfere o seu direito de escolher, para que outros decidam por você, e assim uma maioria “burra” pode colocar na Prefeitura um prefeito que vai gerir bilhão de reais, dinheiro este que sai do bolso do cidadão honesto e trabalhadores que pagam os seus impostos, e estes valores nas mãos de espertalhões viram recursos sujos que financiar o submundo imundo do crime, formado “quadrilhas” especialista em malandragem que esperam uma oportunidade para promover desvios de recursos públicos, tenha a certeza que ao votar errado, passa a ser “avalista” da união dos corruptos e os corruptores, aptos para promover dano ao erário.
A política virou um grande negócio e o maior atrativo para a carreira política, além do “poder”, junto vêm com ele, os favores em forma do “toma lá e dá cá”, vêm os altos salários, além do benefício de uma aposentadoria eterna, e ainda, a imunidades que dificultam as investigações e outros chamativos infindáveis e inconfessáveis.
Por isso, a ato de votar é muito importante para a sua vida e da sua cidade, pois ao praticar o ato de votar, escolhe-se um candidato para ser o Prefeito, e com isso, o eleitor está passando uma procuração para que o candidato escolhido, possa administrar a sua cidade e manusear um orçamento de bilhão de reais por longos 4 anos. Pense bem antes devotar, pois o seu voto é uma potente arma contra a corrução, saiba usá-la a seu favor e não contra você mesmo.
Wilson Carlos Fuáh é economista, especialista em Recursos Humanos e Relações Sociais e Políticas.
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