Há 10 anos surgiram os primeiros sintomas da doença e a luta para controlar o problema. Remédios, tratamentos, internações. Momentos de tristeza, outros de esperança. Os resultados não foram positivos e as derrotas acumuladas resultaram na perda de 90% das atividades renais.
Por enquanto, não imediatamente, mas num futuro próximo, o transplante é uma certeza. Calíope Lemos, irmã da servidora Manoela Lemos (Escola Judicial) tem glomerulonefrite, uma inflamação que atinge as estruturas de filtragem do sangue e, com o tempo, o órgão vai deixando de funcionar.
Quando soube do transplante, Manoela nem titubeou e se voluntariou a doar um de seus rins. “Eu ajudaria até mesmo uma pessoa que não fosse da família e estivesse precisando, imagina minha irmã!”, ressaltou.
Com os primeiros pedidos médicos nas mãos, a servidora segue confiante em sua decisão. Para que o procedimento seja concluído serão feitos muitos exames e, se tudo der certo, seu gesto de solidariedade dará mais qualidade de vida à Calíope.
Segundo Manoela, a doação do rim, que deve ocorrer no próximo ano, evitará também que sua irmã enfrente a hemodiálise. “O médico quer ir direto para o transplante para que a Calíope não passe pela filtragem mecânica dos rins. Claro, que teremos ainda um longo percurso pela frente, aliás, pelo resto da vida dela, mas com o transplante a vida dela deve mudar bastante”, afirmou.
CAMPANHA NACIONAL
O gesto de Manoela poderá evitar que Calíope fique na fila de espera por um doador, situação que pode perdurar por anos a fio. A doação de órgãos no Brasil ainda é um assunto que necessita de muita atenção, seja do poder público, seja da população em geral que ainda carece de informações sobre o assunto.
Existem mais de 30 mil pessoas que esperam por um transplante. Que tal então, na semana em que se comemora o Dia Nacional de Doação de Órgãos (27 de setembro), uma reflexão sobre o tema?
“Não deixe a vida se apagar. Seja doador de órgão. Fale com a sua família”.
UM POUCO DE HISTÓRIA
Manoela é rondoniense, mas ela e sua família estão em Cuiabá há 25 anos. A servidora ingressou na Justiça do Trabalho em 2005. Inicialmente, no TRT de São Paulo. Em 2012, por meio de redistribuição, Manoela passou a pertencer ao quadro de pessoal do TRT/MT.
A servidora é analista judiciário e já foi lotada no Cefor, Núcleo de Conciliação e, atualmente, na Escola Judicial.
Um detalhe: Entre os anos de 96 a 98, Manoela foi estagiária aqui no Tribunal. Nesse período, decidiu que iria estudar para se tornar servidora da instituição. "Tenho um caso de amor com o TRT/MT. Foi por isso que corri atrás do meu sonho e consegui transformá-lo em realidade".
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