14 de Maio de 2024
14 de Maio de 2024
 
menu

Editorias

icon-weather
lupa
fechar
logo

Opinião Quinta-feira, 27 de Novembro de 2014, 17:05 - A | A

Quinta-feira, 27 de Novembro de 2014, 17h:05 - A | A

Oxente! Agora vai!!!

Um artigo de Wilson Pires

Era sempre assim, quando o apaixonado maestro da ”Fervorosa” Banda de música municipal de Várzea Grande dizia por onde passava nos corredores do Paço Municipal Couto Magalhães.

E foi. A música perdeu há 12 anos, precisamente em 19 de maio de 2.002, um dos mais apaixonados, ou talvez o “último romântico”, como bem definiu um admirador.

Vítima de enfarte fulminante, aos 66 anos, o maestro Manoel Teixeira deixou órfã a então Banda Municipal de Música da Cidade Industrial. Teixeira como era conhecido, dedicou com todo amor e energia os últimos anos de sua vida a Banda da Vajú e deixou um profundo vazio no coração dos amantes da boa música.

“La mer, Sonho de Verão, Meu Velho, Amigos para Sempre...”. Quem viveu os áureos tempos da Bandinha Municipal, com certeza se emocionou pelo menos um instante com as músicas preferidas do maestro Teixeira.

Era uma Banda eclética, tocava dobrados, Rasqueados, Chamamé e muitos outros ritmos animados que agradava o público.

Em todas as solenidades da Prefeitura, ou nos desfiles de 15 de maio ou 7 de setembro, lá estava o “Teixeirinha” à frente da Guarda Municipal com a batuta erguida, regendo com ouvidos atentos para aferir de cada instrumento a mais pura e bela sonoridade.

Sempre alegre e otimista, o músico militar maranhense Manoel Teixeira de Oliveira, natural da cidade de Brejo, fez uma carreira brilhante nos 29 anos que morou em Mato Grosso. Comandou a Banda da Polícia Militar, atuou na Orquestra Sinfônica da UFMT e, de maneira marcante, reorganizou e sempre esteve à frente da Banda Municipal de Música de Várzea Grande.

Sob o seu comando, a Banda várzea-grandense ganhou notoriedade, tornou-se uma referência na área musical, sendo solicitada para apresentar inclusive em festas de outras cidades do Estado.

Manoel Teixeira deixou sem ver “a banda passar” a esposa Francisca Oliveira, cinco filhos, netos e muitos amigos.

Após a sua morte, Banda passou nas mãos de muitos outros maestros, mas não empolgava vindo ser extinta pelo então prefeito Murilo Domingos com a justificativa que tinha que “cortar gastos”.

Como não podia deixar de ser, “Teixeirinha” seguiu para a eternidade levando ao seu lado a inseparável clarineta preta, que o maestro tão bem soube tocá-la e com ela tocar os nossos corações.

 

Wilson Pires de Andrade é jornalista em Mato Grosso

Comente esta notícia

RUA CARLOS CASTILHO, Nº 50 - SALA 01 - JD. IMPERADOR
CEP: 78125-760 - Várzea Grande / MT

(65) 3029-5760
(65) 99957-5760