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Cidades Terça-feira, 11 de Novembro de 2014, 15:19 - A | A

Terça-feira, 11 de Novembro de 2014, 15h:19 - A | A

Sem estrutura e por falta de pessoal no Pronto-Socorro, grávida quase tem filha no meio da rua em Várzea Grande

“O médico falou que a bolsa tinha estourado e que a criança iria nascer a qualquer momento", diz marido de grávida

por Lucione Nazareth / VG Notícias

A dona de casa, Claudinéia da Silva, 32 anos quase teve a filha no meio da rua na madrugada desta terça-feira (11.11), em Várzea Grande, após não conseguir vaga na maternidade do Pronto-Socorro e não ter ambulância para ser transferida a um hospital em Cuiabá.

Em entrevista ao VG Notícias, Valdecir Santana da Silva, marido de Claudinéia, relatou que após a mulher sentir muitas dores e sangrar, ele juntamente com uma vizinha a levaram para buscar atendimento no Pronto-Socorro do município.

Na unidade de saúde, o homem disse que um médico atendeu e diagnosticou que a bolsa havia estourado e a sua esposa estava em trabalho de parto. “O médico falou que a bolsa tinha estourado e que a criança iria nascer a qualquer momento. Depois ele falou para eu procurar uma ambulância para transferir a minha esposa, porque não tinha vaga na maternidade do Pronto-Socorro e depois nos liberou, como se nada tivesse acontecendo”, contou.

Segundo ele, no Pronto-Socorro foi informado que a ambulância da unidade só levaria a sua esposa para outro hospital caso ele conseguisse uma autorização da assistente social, que de acordo com ele, não estava no local. “Como era por volta das 01h30 da madrugada, lá não tinha ninguém, estava deserto de funcionários”, relatou.

Valdecir disse à reportagem que desesperado ligou para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e para a Polícia Militar, na busca de conseguir um carro para levar sua esposa para outro hospital, porém, não teve êxito.

“O Samu me disse que só atende em caso de acidente grave, facada, derrame, mas que no nosso caso, trabalho de parto, não era considerado uma situação grave e por isso não poderia nos ajudar. Na Polícia nos disseram a mesma coisa do Samu. Minha mulher estava sangrando e a minha filha podia nascer a qualquer momento, essa não é uma situação grave?”, indagou.

Ainda conforme Valdecir, mesmo com a mulher perdendo muito sangue, ele e a esposa caminharam aproximadamente 1 km, até a Caixa Econômica Federal na avenida Filinto Muller, onde ligaram para um amigo que os levou a um hospital particular em Cuiabá.

Vale lembrar que não é a primeira vez que um caso como esse ocorre no Pronto-Socorro de Várzea Grande. Em abril de 2013, a jovem Patrícia Alves da Costa, 20 anos morreu após ter procurado atendimento médico no Pronto-Socorro. Na época, grávida de oito meses, ele foi orientada pelo médico da unidade a ir embora para sua casa sem ao menos ter feito uma ultrassonografia.

Após o erro médico, a jovem perdeu o bebê e em seguida faleceu após sofrer uma hemorragia.

A primeira-dama do município – que era secretária de Saúde na época, Jaqueline Guimarães disse que a jovem morreu por culpa dela mesmo, por ter saído da unidade sem antes receber a alta médica. Confira aqui matéria relacionada.

Outro Lado – A reportagem do VG Notícias tentou entrar em contato com o secretário de Saúde do município, Dauod Abdallah, mas até o fechamento da matéria ele não atendeu e nem retornou o contato.

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