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Cidades Segunda-feira, 13 de Outubro de 2014, 08:20 - A | A

Segunda-feira, 13 de Outubro de 2014, 08h:20 - A | A

Homofobia

Primeiro casal gay a formalizar união em Minas Gerais é alvo de ataques nas redes sociais

Depois de postar as fotos da cerimônia na rede social, o casal passou a ser alvo de preconceito na internet.

Extra

A história de Tatiani Arcanjo de Oliveira, de 33 anos, e Lumara Kery Rodrigues, de 22, aconteceu como em um conto de fadas. As duas se conheceram em grupo no Facebook e se apaixonaram. O amor venceu a distância e Luh, como é chamada pela amada, saiu de Araxá, no Alto Parnaíba, para a Zona da Mata mineira. O final feliz se concretizou com o casamento, celebrado no dia 13 de setembro.

Mas assim como nas histórias de princesas, sempre há um vilão — ou vários. Depois de postar as fotos da cerimônia na rede social, o casal passou a ser alvo de preconceito na internet. Militante de uma ONG sobre os direitos da população LGBT da cidade de Miraí, Tatiani conta que resolveu denunciar o caso à polícia para conscientizar as pessoas. Tati e Luh foram o primeiro casal gay a formalizar a união civil na cidade.

— O casamento não influenciou na vida de ninguém, não mudou nada. E que a gente tem que viver com as diferenças. Faria tudo de novo. O que todo mundo tem que entender é que se deve respeitar negro, gay, branco, gordo, rico, pobre, todos. Entrei com o processo e pretendo ir até o fim, ainda que demore seis meses, um ano — afirma Tatiani.

Entre as mensagens ofensivas incluídas no processo aberto pela Polícia Civil de Minas Gerais, que investiga o caso, estão prints feitos em matérias sobre o casal e em uma página no Facebook chamada “Sapatômica”, criada para promover notícias sobre o universo LGBT.

— Os comentários começaram quando uma menina pegou nossa foto e compartilhou falando “Deus tenha misericórdia e proteja nossas crianças”. Aí puxou outros comentários ofensivos no Facebook dela e no site em que a matéria foi publicada. Foi quando resolvi salvar o conteúdo e entrar com o processo. “Vaca” foi o mínimo que nós fomos xingadas — lamentou Tati, que atua como Pedagoga e Coordenadora de Projetos da ONG.

O caso é tratado em segredo de justiça pela Polícia Civil de Muriaé. De acordo com Tatiane, cinco perfis foram denunciados, dois de Muriaé, dois de outras cidades mineiras e um do Rio de Janeiro. Os suspeitos serão ouvidos por carta precatória, já enviada pelo delegado responsável pelo caso, que é tratado como injúria.

A região é a mesma em que foi registrado um caso de racismo contra um casal formado por uma jovem negra e um homem branco, em agosto.

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