“De olho” em uma vaga na Assembleia Legislativa, o presidente da Câmara de Várzea Grande, Waldir Bento (PMDB), não espera as convenções partidárias - e sai na frente com a campanha a deputado estadual.
Em “alto estilo”, segundo fontes do VG Notícias, o peemedebista lançou na noite dessa quinta-feira (05.06), no Espaço Mara Sampaio Buffet - na avenida Fillinto Mulller – próxima à entrada do bairro Marajoara, sua campanha rumo à Assembleia. O evento começou por volta das 19h30min e terminou já passava das 22 horas.
O lançamento, ainda segundo fontes, foi “regado com refrigerantes e salgados” e contou com a presença de lideranças comunitárias, do suplente de vereador, Antônio Cardoso Neto (PSD), que recentemente assumiu a vaga de Chico Curvo (PSD), na Casa de Leis, do secretário-adjunto da Infraestrutura, Batico de Barros e família, da professora Maria Auxiliadora de Campos Leite – conhecida como professora Dora, secretária-adjunta da Educação, do empresário Flávio Vargas, do coronel Paulo do Corpo de Bombeiros, pré-candidato a deputado federal, Alcides delgado, ex-servidor da Câmara, entre outros.
Com discurso inflamado em favor do peemedebista, o adjunto da Sinfra/VG, Batico de Barros, pediu voto a Bento e aproveitou para criticar os candidatos e deputados que “aterrissam” em Várzea Grande em época de eleição para angariar votos e depois somem.
Sutilmente, disseram as fontes, Batico alfinetou o deputado republicano Emanuel Pinheiro, por não ser de Várzea Grande e estar usando a estrutura do município em favor de sua reeleição.
Outro que hipotecou apoio ao presidente da Câmara, conforme fontes, foi o suplente de vereador Cardoso. Eles revelaram que o social-democrata reconheceu que já fez campanha para candidatos de outros municípios – mas desta vez não vai mais errar.
Waldir Bento pode ter cometido uma irregularidade antecipando a campanha eleitoral – uma vez que pela Legislação Eleitoral propaganda intrapartidária pode ocorrer somente na quinzena anterior à realização das convenções partidárias, que devem acontecer entre o dia 10 e 30 de junho, que tem como objetivo captar os votos dos convencionais, a fim de que o postulante seja escolhido candidato, o que não é o caso.
No encontro promovido pelo peemedebista, não tinha apenas convencionais de sua sigla partidária, mas presidente de bairros, suplente de vereador de outra agremiação partidária, empresários, o que foge da “propaganda intrapartidária”.
Outro lado – Em entrevista ao VG Notícias, o presidente da Câmara, Waldir Bento, negou que tenha sido uma reunião política. Segundo o parlamentar era uma reunião religiosa.
“Não foi uma reunião política, foi uma reunião religiosa, que contou com a participação de profissionais da saúde, médicos, enfermeiros, e do Rotary Clube”, disse sem citar qual religião pertencia.
Waldir alegou ainda, que na “reunião religiosa” foram discutidos projetos sociais e ideias, e que ele estava lá como pessoal pública. “Eu como vereador tenho que ouvir a população e discutir alguns projetos” afirmou.
Porém, o parlamentar confirmou que na “reunião religiosa” havia alguns de seus cabos eleitorais. “Apesar de que alguns de meus cabos eleitorais estavam lá, não teve essa intenção de discutir política” disse.
Ele negou que tenha pedido voto, e disse que o Buffet onde foi feita a “reunião religiosa” pertence a seus familiares, não revelando que parentesco mantem com os proprietários da empresa.
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