Os vereadores de Cuiabá devem apreciar na próxima terça-feira (15.04), em sessão extraordinária, o processo contra o ex-presidente da Câmara de Vereadores da Capital, vereador João Emanuel (PSD), por quebra de decoro parlamentar. Os parlamentares cuiabanos podem cassar o mandato do social-democrata.
De acordo com o processo, o ex-presidente teria faltado com o decoro parlamentar ao intitular os colegas de parlamento de “artistas”. A declaração de João Emanuel foi gravada em vídeo obtido pelo GAECO (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado) durante as investigações da operação “Aprendiz”, em que o ex-presidente aparece em uma suposta negociação com uma empresária do setor gráfico, na qual lhe ofereceria vantagem em um processo licitatório na Câmara Municipal.
João Emanuel citou em plenário, na sessão do último dia 03, a existência de um acordo político firmado com vereadores para livrá-lo da cassação. A declaração do parlamentar causou “revolta” em alguns pares, como Toninho de Souza (PSD) e Júlio Pinheiro (PTB), que dispararam contra ele (Emanuel) na imprensa, negando qualquer negociação e já adiantaram que irão votar pela cassação do social-democrata.
Nos corredores da Câmara de Cuiabá, já circulam boatos que João Emanuel estaria estudando a possibilidade de renunciar ao mandato para não correr risco de ser cassado. Caso o parlamentar renuncie, ele ficará inelegível por oito anos, podendo retornar ao cenário político em 2023.
Sobre a votação – O presidente do legislativo da Capital, vereador Júlio Pinheiro informou que o processo de votação, que pode acarretar na cassação de João Emanuel será aberto e não secreto como reivindicou alguns parlamentares.
Com a votação aberta, a população poderá saber quais vereadores votaram a favor e quem votou contra a cassação do social-democrata, além das argumentações utilizadas por cada parlamentar.
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