A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) emitiu na última segunda-feira (20.01) a pedido do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), um laudo pericial que nega montagens e edições do vídeo onde aparece o vereador João Emanuel (PSD) negociando com uma empresária a regularização de um terreno particular por meio de uma licitação da Câmara de Vereadores.
“As análises referentes aos exames (...) não evidenciaram indícios de edições de caráter fraudulento. O registro é formado por apenas um trecho contínuo que se apresenta conexo e com coerência entre áudio e vídeo”, diz trecho do documento.
O vídeo foi divulgado pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), que investiga João Emanuel por suposta fraude em licitação no Legislativo cuiabano. Na gravação, o social-democrata chama os demais vereadores de "artistas".
Segundo o laudo pericial que tem 27 páginas, a única alteração feita na gravação foi à codificação de áudio e vídeo da mídia gravada (troca do formato de extensão para uso em diferentes player de vídeo) e a exclusão de alguns segundos iniciais. A Politec garante no laudo, que nenhum corte, descontinuação ou sobreposição foi encontrado na gravação.
Com o laudo, a tese de ser vítima de uma “armação” política, o que vem sendo defendido por João Emanuel deve ir por “água abaixo”, já que para se defender o social-democrata declarou que a gravação era forjada, montada a fim de denegrir sua imagem perante seus colegas parlamentares e a sociedade cuiabana.
A Comissão de Ética da Câmara de Cuiabá anunciou ontem (21.01) que no próximo dia 4 de fevereiro João Emanuel será notificado sobre o processo que irá investigá-lo por quebra de decoro parlamentar referente às declarações do social-democrata no vídeo.
Após a notificação, o social-democrata terá 15 dias para apresentar defesa. João Emanuel corre o risco de ter o mandato cassado caso seja comprovada a quebra de decoro.
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