A adolescente Beatriz Lúcia da Silva, 16 anos, faleceu no corredor do Pronto-Socorro de Várzea Grande nesta quinta-feira (08.09). Segundo familiares relatou a reportagem do VG Notícias, a jovem começou a sentir dores de cabeça, abdômen e febre ainda na quarta-feira (07), a irmã Maria Lucia da Silva, levou-a ao Pronto-Socorro no dia seguinte em busca de atendimento.
De acordo com a irmã, a paciente entrou ao meio-dia de quinta-feira e ficou esperando em torno de uma hora para ser atendida pelo médico. Após ser atendida pelo médico, Maria observou que a enfermeira aplicou quatro doses de diazepam na adolescente. “Não fizeram nenhum exame completo na minha irmã, o único exame que me entregaram foi o teste rápido de HIV negativo.
“O Pronto-Socorro foi negligente, minha irmã começou a contorcer de dor, começou a sair sangue pelo tubo de soro fisiológico, então desesperada pedi para a enfermeira fazer algo, e ela simplesmente saiu dizendo que ainda havia muitos pacientes para atender”, relatou Maria Lúcia.
Beatriz é moradora do bairro Pirinéu em Várzea Grande, e amigos da família relatam que a jovem pode, também, ter sofrido discriminação racial no PSM/VG por ser negra. A jovem faleceu no mesmo dia em que deu entrada no atendimento, às 18h55, e segundo atestado de óbito, a adolescente faleceu de Edema Agudo Pulmonar e Pneumonia Parasitária.
Outro lado – a reportagem procurou o Pronto-Socorro que informou que a adolescente foi atendida de imediato, passando direto para o Box de emergência. Segundo o diretor, Itamar Lourenço da Silva, o médico solicitou vários exames, entre eles: teste rápido de HIV, teste de gravidez e hemograma completo. Entretanto, o hemograma só ficou pronto às 21h11, ou seja, mais de duas horas após a morte de Beatriz.
Argumentado sobre o mau atendimento prestado pela enfermeira, de acordo com relato da família, Itamar informou que o Pronto-Socorro possui enfermeiros que fazem atendimento de 30 a 40 pacientes, e que o correto seria no máximo para 10 pessoas.
“Esta é a estrutura que temos para trabalhar, não temos estrutura física, agora se após o laudo da morte detectar que houve negligência de algum profissional, seja enfermeiro ou médico, abriremos procedimento administrativo para punirmos os responsáveis”, disse o diretor.
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