Os Guardas Municipais de Várzea Grande, Jackson Rosa Nascimento Gonçalves, 35 anos e Ilson Francisco de Paulo Silva 29 anos, foram detidos no final de semana por embriaguez ao volante e disparo de arma de fogo em uma festa religiosa.
A dupla e um terceiro amigo identificado como Wanderson Benedito Carvalho, foram acusados por populares de efetuarem disparos na localidade do Distrito de Aguaçú, na zona rural de Cuiabá. Os dois GMS tomaram posse em 02 de abril de 2014, por conta do último concurso realizado na gestão do então prefeito Sebastião dos Reis Gonçalves – popular Tião da Zaeli (PSD), e ainda estão em estágio probatório.
Segundo a Polícia Militar, populares comunicaram que os três estavam em um veículo Corolla Branco, dando “cavalo de pau” efetuando disparos e assombrando todos que participavam de uma festa religiosa no local.
O trio foi detido e no carro encontrado um revólver calibre 380 com um carregador e quatro munições deflagradas. O condutor Jackson estava aparentemente embriagado e se recusou a realizar teste de bafômetro. Ele o colega de farda, Ilson Francisco apresentaram carteira profissional para uso de arma de fogo.
O trio foi levado para a Central de Flagrantes, e na delegacia alegaram desconhecer disparo de arma de fogo em festa. O condutor explicou que estava voltando da casa do pai, onde passou o final de semana com os amigos pescando. Ele negou estar embriagado, mas foi autuado pelo crime, pagou fiança e foi liberado. Os colegas foram autuados por disparo de arma de fogo e também liberados após pagarem fiança.
A reportagem do VG Notícias tentou falar com o comandante da Guarda, Louriney dos Santos, mas o telefone estava desligado.
Porte de arma – Recentemente, o VG Notícias recebeu uma denúncia de que o uso de arma de fogo na Guarda Municipal está ilegal, por não terem autorização da Polícia Federal referente ao porte do armamento. Clique aqui e confira matéria relacionada.
Em 2004, data de criação do Estatuto do Desarmamento no Brasil, o município não teria legalizado o porte perante a PF e não teria criado Ouvidoria e Corregedoria da instituição, para poder atuar com arma de fogo em operações na cidade. A Ouvidoria e a Corregedoria são órgãos responsáveis para apurar possíveis desvios de conduta dos agentes no exercício da profissão, sendo o único canal entre a sociedade e a instituição – a Guarda Municipal-, para poder corrigir e até mesmo punir atos ilegais cometidos pelos agentes.
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