Doze municípios mato-grossenses localizados na região de fronteira com a Bolívia passarão a ser monitorados por câmeras de segurança ainda neste ano para combater crimes, entre eles o tráfico internacional de drogas, conforme projeto elaborado pela Secretaria de Segurança Pública do Estado (Sesp) a ser executado com recursos do governo federal. Sete deles já estão sendo vigiados 24 horas pelos equipamentos de segurança e, em outros cinco, a instalação está prevista para este ano.
Ao todo, já foram gastos mais de R$ 30 milhões no projeto de segurança na fronteira e para essa ampliação devem ser liberados R$ 2,6 milhões neste ano. Com essa verba, de acordo com o secretário executivo do Gabinete de Gestão Integrada da Sesp, Átila Vanderlei da Silva, serão instaladas 57 câmeras nos municípios de Poconé, Barra do Bugres, Pontes e Lacerda e Vila Bela da Santíssima Trindade. Hoje, tem 124 equipamentos em funcionamento em outros sete cidades, incluindo Cáceres.
"O monitoramento é feito 24 horas por meio de órgaos estaduais, municipais e até federais. As câmeras não são apenas para prevenir crimes, mas para materializar os crimes e ajudar nas investigações e no trabalho da perícia", afirmou Átila. Segundo ele, a intenção é ampliar o projeto e instalar câmeras de segurança nos 28 municípios localizados na faixa de fronteira. Por isso, ele disse que irá fazer uma ata de registro de preço para a compra de 300 câmeras, que devem ser adquiridas por meio de parcerias entre estado e municípios.
Além de Mato Grosso, o governo federal, por meio do Ministério da Justiça, deve liberar R$ 29,5 milhões para 60 municípios do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Roraima, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Todos deverão destinar os recursos para a compra e instalação de câmeras, implantação de sistema de transmissão e recepção de imagens, criação de uma central de videomonitoramento e treinamento dos operadores do sistema.
Os estados têm até o dia 28 deste mês para apresentar o projeto. Conforme o secretário executivo do GGI, ao governo de Mato Grosso vai dar contrapartida de 10%. Por meio do governo federal, o estado ainda deve receber dois veículos com escaner para identificar a existência de droga em veículos. Os equipamentos, semelhantes aos utilizados em aeroportos, têm capacidade para detectar qualquer objeto escondido no carro. "Os escaners devem chegar em 60 dias", contou.
Cada veículo custa em média R$ 1,5 milhão. Os veículos equipados serão operados por policiais do Grupo Especial de Segurança na Fronteira (Gefron). "Como é móvel poderá ser usado em toda a região de fronteira", explicou o secretário. Nos mais de R$ 30 milhões investidos de 2010 até 2013, conforme Átila, foram adquiridos vários equipamentos e viaturas para contribuir no trabalho dos agentes, entre eles uma aeronave, que ainda deve ser entregue, e monóculos para operações noturnas.
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