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Variedades Sexta-feira, 17 de Junho de 2016, 14:10 - A | A

Sexta-feira, 17 de Junho de 2016, 14h:10 - A | A

Alunos raspam cabelo para apoiar aluna com câncer

G1

Em apoio à colega de classe Yasmim Oliveira, 17 anos, que está em tratamento contra o câncer, estudantes do 3º ano do ensino médio do Colégio Adventista de Cuiabá rasparam a cabeça. Carecas, 25 alunos e funcionários da escola rasparam a cabeça e foram até a aula usando lenços, no dia 9 de junho. Além disso, os jovens doaram 100 lenços para uma instituição de apoio a pacientes com câncer, a MT Mama.

A ideia partiu do colega de classe Daniel de Oliveira Varanda, 17 anos. Segundo ele, uma professora informou em sala que Yasmim já seguia o tratamento quimioterápico e, por isso, havia raspado os cabelos. A professora sugeriu que os alunos usassem lenços para apoiar a jovem e depois os doassem para a MT Mama, mas Daniel queria algo maior.

“Minha amiga está com câncer e eu não posso fazer nada para mudar isso. Nós ficamos sabendo que ela talvez estivesse com vergonha de sair de casa sem os cabelos. Então falei que iria raspar os meus cabelos também, para ela não sentir mais isso e a maioria dos meninos da sala se dispôs a fazer o mesmo”, disse o estudante.

Debilitada por causa da quimioterapia, Yasmim não pode ir até a escola para assistir a ação, mas disse ter se emocionado com a atitude dos colegas e que não sabia como agradecê-los. A jovem foi diagnosticada com um linfoma na região da garganta, em março deste ano. Assim que começou o tratamento, no começo de maio, ela foi proibida pelos médicos de frequentar as aulas.

“Pessoas que não me conheciam me enviaram mensagens de apoio. Pais de alunos, colegas, muita gente. Fiquei atarefada respondendo todos. Eles não precisavam ter feito isso, são uns loucos, mas fiquei feliz a ponto de não saber o que dizer”, relatou Yasmim.

A iniciativa de Daniel contagiou toda a escola, inclusive pessoas que não a conheciam pessoalmente. Ele foi o primeiro a sentar na cadeira do cabeleireiro, seguido de mais 24 alunos e funcionários. O cabeleireiro Gil Araujo, que tem um salão de beleza perto da escola, se dispôs a prestar o serviço também de forma solidária.

Segundo o vice-diretor da escola, Lucas Tomas, o envolvimento dos alunos em atividades solidárias é uma rotina para os alunos. Mas, desta vez, como a ação partiu de um estudante, a participação foi mais emocionante. O colégio se responsabilizou apenas por organizar o pátio, avisar e pedir a autorização dos pais para que os jovens participassem. “Atitudes assim marcam a vida das pessoas. Iniciativas assim constroem uma sociedade melhor”, disse Lucas.

A mãe da paciente, Valdinéia Aparecida Arruda, 38 anos, relatou que a filha aparentava ter um pouco de vergonha nos primeiros dias após o corte do cabelo. “Eu acho que ela tinha vergonha, mas agora já está aceitando tudo o que está acontecendo com ela. Acho que a atitude dos meninos ajudou, de alguma forma, a Yasmim. Nós todos [da família] ficamos muito contentes”, contou Valdinéia.

Já Yasmim disse não ter vergonha nenhuma da careca. Apesar disso, não gosta de sair sem turbante. A jovem continua estudando em casa e deve prestar vestibular ainda este ano. Ela pretende fazer um curso na área da saúde, mas não sabe ainda definiu ao certo.

“Depois disso tudo que vem acontecendo, estou conhecendo de perto as profissões. Adoro medicina, nutrição, enfermagem, fisioterapia. Não sei qual vou escolher. Talvez este período em hospitais me ajude”, disse a paciente.

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