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Política Terça-feira, 10 de Maio de 2016, 10:21 - A | A

Terça-feira, 10 de Maio de 2016, 10h:21 - A | A

Impeachment

“A história também julgará os golpistas e usurpadores” diz Dilma

A presidente afirmou ainda que a inflação está caindo e hoje o maior problema do Brasil é a instabilidade política.

Rojane Marta/VG Notícias

A presidente da República Dilma Rousseff (PT), que enfrenta no Senado Federal processo de impeachment, em discurso proferido na cerimônia de inauguração do novo terminal do Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia (GO), nessa segunda-feira (09.05), disse se sentir orgulhosa por ter elevado o dado da inclusão social no Brasil, nas gestões do PT.

“Tem um dado que eu me orgulho muito, que é o dado da inclusão. Antes, pouquíssimas pessoas que ganhavam até cinco salários mínimos viajavam de avião. Agora, em 2015, de cada 100 pessoas, 25 ganhavam até cinco salários mínimos, o que é o exemplo maior de inclusão social. Agora, viajar de avião, a gente pode ir de calça jeans, de tênis, do jeito que for, porque passou a ser algo de massa, algo para o povo deste país, e não para uma pequena elite endinheirada” discursou.

A presidente afirmou ainda que a inflação está caindo e hoje o maior problema do Brasil é a instabilidade política. “E eu não poderia deixar de dizer: é verdade, a gente enfrenta desafios na economia. Mas vejam vocês, e não se esqueçam disso: a inflação está caindo; chegará, sem sombra de dúvida, até o final do ano, muito próximo da meta, abaixo de 7%. Nós estamos tendo os maiores saldos comerciais dos últimos anos. A economia começou a se mexer. Qual é o problema do país? É a instabilidade política. A instabilidade política daqueles que torcem pelo quanto pior, melhor. Aqueles que, há 15 meses, desde que eu fui eleita com 54 milhões de votos, primeiro pediram recontagem dos votos, e não adiantou nada. Depois, falaram que as urnas - essa urnas das quais nós temos orgulho pela segurança -, essas urnas eram suspeitas; também não adiantou nada. Depois, entraram no Tribunal Superior Eleitoral alegando que eu não podia tomar posse em dezembro de 2014. Também as minhas contas foram aprovadas e eu tomei posse. Ao longo de todos esses últimos anos, que abarcam esses 15 meses, eu fui objeto de “pautas-bomba”. Não só não aprovaram as nossas propostas, como aumentaram os gastos do governo indevidamente” disse.

De acordo com Dilma, seu processo de impeachment somente foi aceito pelo então presidente da Câmara, deputado federal afastado das funções Eduardo Cunha, porque a base governista não deu três votos que ele precisava para impedir formação de uma Comissão de Ética na Casa.

“Em dezembro do ano passado, quando nós não lhe demos três votos para impedir, o que ele queria? Impedir que a comissão de Ética da Câmara o julgasse, e para isso ele precisava de três votos, e queria que nós do governo lhe déssemos os três votos, como nós não lhe demos três votos, ele aceitou um processo de impeachment que estava protocolado na Câmara” argumentou.

Dilma voltou a negar crime de responsabilidade e diz que desconhece do que é acusada.  “Eu não tenho contas no exterior, não tem como me acusar de corrupção, não recebi propina, não desviei dinheiro público. Então, acharam… O que acharam? Acharam seis decretos. Seis decretos chamados Decretos de Crédito Suplementar. Nós tínhamos - e cumprimos, no ano de 2015 - as metas aprovadas pelo Congresso. Mas, além disso, que decretos são esses? Quando eles falam assim, fica parecendo que são decretos para me beneficiar” ressaltou.

Para a presidente, o impeachment é um disfarce para uma eleição indireta que está em curso no Brasil. “Por que indireta? Por que não querem uma eleição direta? Porque ninguém aqui votaria para reduzir direitos; ninguém aqui votaria para acabar com uma parte do Bolsa Família; ninguém aqui votaria para reduzir os gastos em educação e saúde. Então, eu acho muito estranho, porque quando eu concorri, eu registrei no Tribunal Superior Eleitoral um programa de governo. É esse programa de governo que recebeu os votos do povo brasileiro” afirmou.

Ao finalizar, Dilma disse que irá lutar, com todos os instrumentos democráticos e legais que tem, para impedir a interrupção ilegal, usurpadora, do seu mandato, por, segundo ela, traidores e por pessoas que não têm condições de se apresentar ao Brasil e se eleger. “Usurpadores! E vou lutar porque o povo brasileiro merece respeito, merece consideração e, sobretudo, merece a democracia que nós conquistamos com tanto esforço. E quero finalizar dizendo o seguinte: a democracia, sem dúvida, é o lado certo da história. A história também julgará os golpistas e usurpadores” pontuou.

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