Após oito dias do início da greve dos profissionais da rede municipal de Educação de Várzea Grande, o prefeito Walace Guimarães (PMDB) vem se mostrando “inoperante” e despreocupado com a paralisação dos profissionais e até agora não procurou a categoria para negociar.
“O prefeito Walace está omisso com a Educação do município”, diz o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Várzea Grande (Sintep/VG), Gilmar Soares.
De acordo com ele, o prefeito faz pouco caso dos profissionais da Educação, e dos 28 mil alunos da rede municipal, além dos pais dos alunos, por se recusar a negociar com a categoria, que reivindica a reestruturação do Plano de Cargo, Carreira e Salários (PCCS) e o aumento do piso salarial.
“O prefeito está desrespeitando a todos, recusando a tratar de políticas educacionais para o município, ao não negociar com a categoria e assim encerrar a greve dos profissionais da educação”, disse o presidente do Sintep/VG.
Segundo ele, Walace está fazendo “vistas grossas” a forma do secretário municipal de Educação, Jonas Sebastião, administrar o problema (a greve da categoria), ao não tomar nenhuma atitude para encontrar a solução do impasse, além de permitir que direitos constitucionais, como aumento salarial para o servidor público e valorização deste profissional (professores), não seja concedido no município.
Greve da categoria – Segundo o presidente do Sintep/VG nesta segunda-feira (24.02) a categoria decidiu em assembleia geral que o movimento grevista continua por tempo indeterminado, alcançando exatos oito dias de paralisação.
Conforme ele, o departamento jurídico do Sintep/VG já entrou com um recurso na Justiça pedindo a anulação da decisão da desembargadora Maria Helena Povoas, que determinou na semana passada, a ilegalidade da greve.
“É vergonha, imoral uma desembargadora da Justiça determina a ilegalidade da greve, sendo que é o prefeito que descumpre determinações constitucionais”, disparou Gilmar
Sobre o PCCS, Gilmar disse que apesar de o secretário Jonas ter prometido que protocolaria na última quarta-feira (19.02) o projeto na sede do Sintep/VG para a categoria discutir sobre as mudanças realizadas, nenhum documento ainda não chegou à sede do sindicato.