Os professores da rede municipal decidiram nesta terça-feira (11.02), em assembleia geral, entrar em greve por tempo indeterminado a partir do próximo dia 17 deste mês – data marcada para o início do ano letivo -, atrasando pelo segundo ano consecutivo o início do ano letivo no município.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Várzea Grande (Sintep/VG), a categoria chegou a um consenso em entrar de greve, após entendimento que a atual administração não vem mostrando interesse em resolver o problema dos trabalhadores referente à reestruturação do Plano de Cargo, Carreira e Salários (PCCS) e atualização do piso salarial nacional.
De acordo com documento divulgado pelo Sindicato, a reestruturação do PCCS e a atualização do piso salarial nacional, foram protocoladas ainda em janeiro de 2013 e até agora nada se fez para resolver o problema, que está prejudicando financeiramente os profissionais da Educação.
“O prefeito Wallace Guimarães na última audiência com a direção do Sindicato - em agosto de 2013 -, afirmou que o prazo para resolver a questão do PCCS (não só da educação), mas de todos os servidores da prefeitura era outubro de 2013, o que também não foi cumprido”, diz trecho do documento.
A categoria cita ainda, que tentou por várias vezes negociar com o secretário municipal de Educação, Jonas Sebastião, as reivindicações e assim evitar a paralisação “o mesmo não tem se oferecido ao diálogo com o Sindicato”, relata a categoria no documento.
PCCS da Categoria - De acordo com Sintep/VG, o novo PCCS já foi discutido entre a administração municipal por diversas vezes, porém, ainda de forma inexplicável o secretário de Educação, Jonas Sebastião, ainda não enviou a proposta para o Sindicato avaliar se está de acordo com a reivindicação da categoria.
Em dezembro passado, Jonas enviou o projeto direto para a Casa de Leis, para votação. No entanto, segundo o Sintep/VG, a proposta foi enviada com erros e sem nenhuma mudança que atendia os interesses da categoria. Na ocasião, os parlamentares não apreciaram a matéria devido aos protestos dos profissionais que lotaram o plenarinho da Câmara.
Vale lembrar que o prefeito Walace Guimarães (PMDB) e o secretário de Educação, Jonas Sebastião, prometeram à categoria que até o dia 30 de novembro do ano passado, o Plano de Cargos, Carreiras e Salários seria enviado a Câmara Municipal, tendo a sua aprovação ainda em 2013. Porém, isso não ocorreu.
Reivindicações – Os profissionais cobram do Poder Executivo municipal, além da reestruturação do PCCS, o pagamento do 13° salário e o reajuste do piso salarial.
O reajuste salarial do piso, segundo o Sintep/VG, não é realizado aos profissionais desde 2012. Conforme o Sindicato, o piso é de R$ 906,00 sendo que este ano o Ministério da Educação (MEC) concedeu um reajuste de 8,32%, no piso da categoria passando de R$ 1.567,00 em 2013 para R$ 1.697,00 em 2014.
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