“Meu amigo precisa de um cateterismo, nos ajuda, por favor!”. Este foi o pedido de um amigo do paciente M. J. A, ao oticias. Segundo José, seu amigo está no corredor do Pronto-Socorro de Várzea Grande, correndo risco de morte, diagnosticado com "infarto agudo do miocárdio com supradesnível do segmento ST – parede inferior HAS e lesão em artéria ACD e ACX". Veja solicitação final da matéria.
A reportagem do oticias conversou com a coordenadora do Núcleo Interno de Regulação (NIR), do Pronto-Socorro de Várzea Grande, Paula Morena, que confirmou que além de M.J.A, tem mais 23 pacientes aguardando cateterismo, procedimentos de angioplastia, angioplastia coronariana e outras intervenções.
Segundo ela, alguns pacientes já estão agendados e outros regulados, mas não tem data para que os procedimentos sejam realizados, pois os serviços são de alta complexidade e depende do Estado.
A reportagem entrou em contato com o secretário de Saúde de Várzea Grande, Diógenes Marcondes, que também confirmou que existe a espera na regulação para agendamento, mas garantiu que todos estão serão atendidos. Ele explicou que existe um processo burocrático, mas que o Hospital Geral Universitário (HGU) em Cuiabá, mesmo com a demora tem conseguido atender todos os pacientes.
“A regulação tem duas etapas, uma é a regulação do município de Cuiabá que regula e diz que está autorizada, a outra é do próprio HGU que diz que está agendado. Então, além de autorizar o Hospital Geral Universitário (HGU) tem que agendar. Muitos desses pacientes já estão agendados na central de regulação do Estado em Cuiabá para setembro alguns para o começo do mês, mas sim tem essa fila sim, tem uma dificuldade. O HGU que é o hospital faz os exames, vai fazendo, não demora nem uma semana, mas agora nós estamos com uma demora considerável”, justificou.
O secretário também destacou que Várzea Grande depende de Cuiabá, por não ter na cidade, nenhum hospital com referência em cardiologia, conveniado com o Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, falou que cobrou do Estado um auxílio, mas Cuiabá também não conta com mais unidades referências.
“Esses exames, o único hospital que é referência no Estado de Mato Grosso é o Hospital HGU. A gente teve uma reunião com o secretário de Estado, Gilberto Figueiredo, com o secretário de Cuiabá, Antônio Possas, para dar um encaminhamento mais célere nesses exames e é o que a gente está tentando fazer”.
No entanto, Diógenes pontuou que não houve mortes durante essa espera. Isso porque, tem disponibilizado todo acompanhamento cardiológico para os pacientes que aguardando com o profissional visitante.
“Não tivemos óbito, ainda não. Se eles estão internados, eles estão sendo cuidados, porque o exame como o cateterismo vai dar origem a outros procedimentos. O cateterismo em si, pode ser que até apareça outros problemas, a angioplastia até resolve, mas nós estamos cuidando dos pacientes que estão internados. Nós temos cardiologistas, nossa referência não é de cardiologia, mas nós temos para dar suporte”, finalizou.
O pai do vereador de Várzea Grande, Valdemir Bernardino de Souza – Nana (DEM) ficou internado mais de 15 dias no Pronto-Socorro do município, foi transferido para o HGU há 20 dias, e continua aguardando para fazer o procedimento no coração.
Segundo Nana, o caso de seu pai é complexo, o SUS não fornece o tipo de equipamento necessário para realizar o procedimento, com isso foi necessário recorrer à Justiça para conseguir que o Estado licitasse uma empresa capacitada, mas ainda aguarda os trâmites burocráticos para que o procedimento seja realizado. Enquanto isso, seu pai continua internado no HGU recebendo atendimento.
Cuiabá- O secretário de Saúde de Cuiabá, Luiz Antônio Possas de Carvalho, disse ao oticias, que este tipo de procedimento é regulado pelo Estado, e que em Cuaibá, no momento, apenas o Hospital Geral Universitário (HGU) é que faz, mas disse que já está trabalhando para abrir este tipo de atendimento no Hospital São Sebastião. Com isso, Possas acredita que vai amenizar o tempo de espera.
A reportagem do oticias entrou em contato com o secretário de Saúde do Estado, Gilberto Figueiredo, porém sem sucesso. Tentou ainda, por meio de sua assessoria de imprensa, mas também não houve retorno até o fechamento a matéria.
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