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O Grupo Especial de Fronteira de Mato Grosso (GEFRON/MT) terá que explicar ao Supremo Tribunal Federal (STF) porque negou que a defesa de quatro presos tivesse acesso aos relatórios de inteligência que legitimaram o ingresso da equipe policial no interior de uma fazenda em Comodoro (a 677 km de Cuiabá), que resultou na apreensão de quase 500 quilos de cocaína.
Willian Fagner Royer Rodrigues, Lairço Rodrigues, Ilson Ramos dos Santos e Jair Eduardo Zanetti foram presos em 25 de janeiro deste ano, pela Polícia Federal (PF) e o Gefron, com 495,5 quilos de cloridrato de cocaína em uma pista de pouso clandestina. Na ocasião, além deles foram presos: José Charles dos Santos e Valdinei Gonçalves da Silva.
Conforme a defesa dos acusados, somente tomou conhecimento dos relatórios em audiência de instrução e julgamento, por meio de testemunhas, mas que tais documentos foram negados quando solicitados pela defesa ao Gefron.
Diante disso, o ministro do STF Edson Fachin requisitou informações ao Gefron. “A despeito da relevância dos argumentos veiculados na inicial, reputo indispensável a prévia colheita de esclarecimentos a fim de possibilitar o escorreito e seguro enfrentamento do pleito liminar. Nesse ângulo, postergo a análise da tutela de urgência. Oficie-se, com urgência e com o envio de cópia da inicial, à autoridade reclamada, para que informe acerca de eventuais razões que recomendem o indeferimento do acesso à totalidade da investigação e, especialmente, sobre o acesso aos relatórios de inteligência do Grupo Especial de Fronteira (GEFRON) que teriam legitimado a busca e apreensão domiciliar” diz decisão.
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