Cinco pessoas foram presas nesta quarta-feira (05.07) em Mato Grosso suspeitas de integrarem uma organização criminosa que praticava golpes oferecendo empréstimos consignados. As prisões foram realizadas na “Operação Arnaque” deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
De acordo com o Ministério Público Estadual (MPE), ao todo foram cumpridos 11 mandados de prisão e seis de busca e apreensão foram cumpridos, nas cidades de Sinop e no Distrito de União do Norte, localizado em Peixoto de Azevedo.
O MPE apontou que os alvos da operação integram organização criminosa que aplicava golpes, na maioria idosos. As vítimas recebiam ligações dos suspeitos oferecendo propostas de empréstimos consignados e, em seguida, cobravam juros abusivos e utilizavam a documentação dos vitimados para a prática de outros crimes. As investigações apontam que a organização criminosa tenha causado um prejuízo de R$ 190 milhões no país inteiro.
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A operação - A investigação está sendo realizada também nos Estados de Mato Grosso do Sul, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraíba, Paraná e Piauí.
Conforme o Ministério Público, até o momento, a investigação identificou duas organizações criminosas lideradas por advogados responsáveis pela propositura de mais de 70 mil ações judiciais em todas as regiões do país, muitas delas consideradas temerárias pelo Poder Judiciário (praticamente todas as demandas partem da premissa de que empréstimos consignados são forjados).
As organizações criminosas, mediante série de ardis, obtêm procurações de idosos, deficientes e indígenas para, ao final, ajuizarem múltiplas demandas em nome deles contra instituições financeiras, terminando cerca de 10% dos casos com procedência; quando não são feitos acordos em massa com instituições financeiras.
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