Várzea Grande, uma das principais cidades de Mato Grosso, deverá, nos próximos dias, passar por uma grande mudança nas principais vias da cidade, devido à implantação do Ônibus de Transporte Rápido (BRT). As obras já estão em andamento na avenida da FEB e se estendem desde o Aeroporto Internacional de Várzea Grande até a Ponte Júlio Müller (Ponte Velha), no Porto, onde estão sendo retirados os trilhos do Veículo Leve sobre Trilho (VLT).
No entanto, as obras para a instalação do novo sistema de transporte têm gerado inúmeros problemas para os moradores de Várzea Grande e Cuiabá, resultando em congestionamentos caóticos ao longo do dia.
Em uma entrevista ao , Cláudio José da Silva, coordenador de Transporte de Várzea Grande, informou que as avenidas Couto Magalhães e Filinto Müller passarão por diversas mudanças. Segundo o projeto desenvolvido pela Prefeitura de Várzea Grande em parceria com o Governo do Estado de Mato Grosso, a avenida Couto Magalhães será readequada até a Travessa Livramento, com a criação de uma faixa adicional para ônibus e ambulâncias.
Já a avenida Filinto Müller sofrerá uma mudança drástica, passando a ter sentido único para o tráfego de veículos do trecho compreendido entre a Travessa João Norberto e o Aeroporto de Marechal Rondon. Além disso, está prevista uma readequação significativa para a construção de pontos de integração para usuários de transporte público, incluindo a demolição do Terminal André Maggi para reforma.
Essas mudanças têm gerado preocupação entre os empresários que possuem comércios localizados nas avenidas afetadas, muitos dos quais estão enfrentando dificuldades e até mesmo considerando o fechamento de suas empresas durante as obras.
Em entrevista ao , Douglas José, proprietário de uma empresa de reciclagem em Várzea Grande, destacou a importância de uma discussão ampla sobre as interdições, levando em consideração os impactos para os comerciantes.
Segundo Douglas, se houver uma interdição total, isso prejudicará tanto os comerciantes quanto os consumidores. "Essa interdição irá afetar o fluxo de clientes e consumidores. Imediatamente, irá causar muitos problemas para os comerciantes, especialmente se a avenida for totalmente interditada", afirmou.
O empresário também ressaltou que os empresários de Várzea Grande já sofreram prejuízos consideráveis com a instalação do VLT, e agora podem enfrentar novas dificuldades com a implantação do BRT, além dos desafios atuais.
Sérgio Ferreira, representante da concessionária Atração Motos, que comercializa produtos da marca Yamaha, também expressou preocupação em entrevista ao , temendo que sua empresa seja prejudicada novamente. Ele destacou que o período da pandemia foi extremamente difícil.
O empresário observou que as obras da avenida da Feb prejudicam muito os empresários do local, e que é necessário que o Governo do Estado tenha sensibilidade para que o projeto não prejudique mais quem está no ramo.
“Essa obra é importante, porém, é necessário que o Governo do Estado pense em nós comerciantes, porque nós percebemos a dificuldade dos comerciantes da Feb, vemos como está sendo difícil para os empresários tocarem os negócios. O Governo Estadual precisa ter sensibilidade nesse projeto para não atrapalhar o comércio, e exercer as atividades com serenidade, e que a obra evolua sem prejudicar as atividades comerciais”, observou.
O Governo Estadual precisa ter sensibilidade nesse projeto para não atrapalhar o comércio
Ao , o presidente da Câmara de Dirigentes Logistas de Várzea Grande (CDL/VG), Luiz Roberto Adversi, afirmou que pretende se reunir com o prefeito, governo e empresa responsável pela construção, para que as obras não prejudiquem os comerciantes da região.
De acordo com ele, muitos empresários serão prejudicados durante as obras de reacomodação, e há necessidade de diálogo para que isso não aconteça.
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