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Cidades Segunda-feira, 09 de Novembro de 2015, 11:20 - A | A

Segunda-feira, 09 de Novembro de 2015, 11h:20 - A | A

Empresário denuncia compra de sentenças no plantão do TJ de MT

Preso por homicídio, Nilton saiu em setembro para matar concunhado

Folha Max

A prisão do empresário Nilton César da Silva, de 34 anos, pelo assassinato do concunhado Douglas Wilson Ramos, em setembro deste ano, poderá desvendar um novo esquema de corrupção no Poder Judiciário de Mato Grosso. Em depoimento aos delegados do GCCO (Gerência de Combate ao Crime Organizado), o empresário preso na última sexta-feira após uma verdadeira ação de filme de ação fez uma acusação bombástica revelando como conseguiu ser solto neste ano mesmo tendo sido preso sob a acusação de homicídio.

Preso no ano passado acusado assassinato do traficante Anderson Ribeiro Taques, no bairro Morada do Ouro, Nilton foi solto em decorrência de um habeas corpus concedido no dia 13 de setembro deste ano em pleno plantão de final de semana numa decisão de uma desembargadora. Apenas 13 dias depois de deixar a cadeia pública do Carumbé, ele simulou o sequestro que terminou com a morte de Douglas.

Em seu depoimento aos delegados, o assassino confesso do concunhado explicou que o habeas corpus favorável foi articulado e planejado anteriormente. O HC foi analisado pela integrante originariamente de uma Câmara cível do TJ em pleno plantão e num assunto criminal.

De acordo com o assassino, para ter o pedido de liminar deferido, ele teve que pagar propina. Conforme o depoimento, Nilton pagou cerca de R$ 400 mil para que conseguisse a liberdade, que veio a ser cassada em outubro por outro desembargador, desta vez que compõe a Câmara Criminal, mas não acabou sendo cumprida diante do criminoso estar foragido.

Medidas- O empresário não apresentou provas, mas teria informado contas bancárias usadas para a suposta compra da sentença. Diante da grave denúncia contra uma integrante do Judiciário de Mato Grosso, o depoimento do assassino será encaminhado já nesta segunda-feira (9) ao presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Paulo da Cunha.

O chefe maior do Judiciário do Estado decidirá as medidas a serem tomadas diante das declarações. A tendência é que seja aberta imediatamente a investigação.

Nilton César é apontado como o mandante e executor da morte do concunhado. O crime ocorreu porque ele suspeitou que a vítima desviou dinheiro da empresa em que eram sócios. Os desvios teriam ocorrido justamente no período em que o assassino ficou preso.

No dia 26 de setembro, três homens invadiram a distribuidora de cimentos na estrada do Moinho que Douglas montou após desfazer a sociedade. Eles roubaram pertences de funcionários e sequestraram o empresário.

Após ser torturado, Douglas foi assassinato a tiros. O corpo só foi encontrado 16 dias depois num matagal na MT-010, a estrada da Guia. 
 

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