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Cidades Sexta-feira, 18 de Março de 2016, 08:22 - A | A

Sexta-feira, 18 de Março de 2016, 08h:22 - A | A

Justiça

Condenado a 100 anos pega mais 32 anos por estuprar e matar adolescente em MT

Crime ocorreu em 2012; homem já era condenado por três homicídios

G1

Já condenado a mais de 100 de prisão, Edson de Jesus Silva, de 41 anos, foi sentenciado a cumprir mais 32 anos de reclusão por ter estuprado e assassinado uma adolescente de 15 anos em 11 de junho de 2012, na cidade de Barra do Garças, a 516 km de Cuiabá. O júri popular, presidido pelo juiz Bruno D'Oliveira Marques, ocorreu na última terça-feira (15) e teve duração de nove horas.

Consta na sentença que, além de estuprar e matar a adolescente, por meio de asfixia, utilizando um pedaço de arame, Edson ainda tentou ocultar o cadáver da vítima. Em sua defesa, ao ser interrogado, o condenado confessou o homicídio e a ocultação do cadáver, mas negou o crime de estupro, afirmando que a vítima havia consentido com a relação sexual.

De acordo com a denúncia feita pelo Ministério Público Estadual, quando cometeu o crime, Edson já se encontrava foragido do presídio de Luziânia (GO), onde cumpria pena por outros cinco crimes cometidos, sendo três deles homicídios qualificados. Os processos já se encontram transitado em julgado.

Conforme a denúncia, Edson marcou um encontro com a adolescente após conhecê-la no mercado da cidade no dia anterior ao crime, quando ela estava acompanhada da mãe e da irmã. Segundo o MPE, Edson ligou para a vítima por volta das 23h do mesmo dia e marcou um encontro com a jovem nas proximidades de uma construção na cidade, onde, posteriormente, o corpo da adolescente foi encontrado.

Segundo relata o juiz na sentença, Edson havia combinado encontrar a garota para manter relações sexuais mediante pagamento, mas, durante o encontro, disse não ter dinheiro. A adolescente se recusou a continuar com o acusado que, então, a levou à força para dentro da obra onde a espancou e a estuprou.

“O acusado, após ter praticado o sobredito abuso sexual e violentas agressões físicas contra a vítima, visando ocultar aquela ação delituosa, fazendo uso de um pedaço de arame e de força física, com requintes de crueldade, acabou enforcando-a e, por conseguinte, ceifando-lhe a vida por asfixia”, diz trecho da denúncia do MPE.

Ainda segundo a denúncia, Edson arrastou o corpo da vítima até um monte de areia lavada que estava sendo utilizada naquela construção e o enterrou ali. O corpo da adolescente foi encontrado apenas nove horas depois, quando os funcionários da obra retomaram os trabalhos na construção.

Ao fixar a sentença, o juiz ainda afirma que Edson é “pessoa contumaz na prática de infrações dessa estirpe (homicídio)”, e possui personalidade violenta. Conforme a sentença, um dos processos pelo qual ele já foi condenado trata-se de triplo homicídio, quando Edson matou duas crianças e o pai delas. Os crimes, de acordo com a sentença, foram cometidos em Luziânia. Por ser reincidente, o juiz determinou que o réu cumpra a pena, inicialmente, em regime fechado.

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