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Várzea Grande Sexta-feira, 17 de Julho de 2015, 14:52 - A | A

Sexta-feira, 17 de Julho de 2015, 14h:52 - A | A

Abriu a boca

Walace confessa que sabia de medicamentos vencidos e diz que esperava acumular mais para incinerá-los

Conforme o peemedebista, a maior parte dos medicamentos vencidos vem de outras gestões

Rojane Marta/VG Notícias

As mais de 400 mil unidades de medicamentos vencidos em Várzea Grande eram de conhecimento do ex-prefeito Walace Guimarães, cassado pela Justiça Eleitoral por suposta prática de caixa dois nas eleições de 2012. A afirmativa foi feita pelo próprio ex-prefeito.

De acordo com Walace, ele sabia que havia vários medicamentos vencidos no Almoxarifado Central do município, inclusive estavam todos auditados, mas que aguardava para incinerá-los.

“Como o meu mandato era de quatro anos, automaticamente eu estava acumulando aquelas medicações vencidas para fazer a incineração total e não ficar licitando várias vezes para incinerar tantas quantidades de medicamentos que ali vão se perdendo” declarou em entrevista concedida ao programa Resumo do Dia, da TV Rondon.

Ele ainda destacou que foi cassado antes de poder “queimar” os medicamentos. “Minha gestão acabou com força, circunstância de uma cassação, eu tinha quatro anos de mandato, eu iria incinerar todos os medicamentos vencidos, os que venceram em 2013, os de 2014 e os que venceriam em 2015. Automaticamente eu ia, estavam todos lá arquivados, auditados, e eu ia fazer a incineração.”

Conforme o peemedebista, a maior parte dos medicamentos vencidos vem de outras gestões, apesar de admitir que em sua administração também deixou vencer remédios.

“Na nossa gestão, em que assumimos de 2013, 2014 e até abril de 2015, por ventura pode ter perdido alguns medicamentos, mas a grande maioria dos medicamentos noticiados vem da gestão anterior. Porque quando você compra um medicamento, você tem que comprar com a validade de no mínimo de dois anos, então se eu comprei em 2013, ele teoricamente tem que vencer em 2015, se comprou em 2012 pode vencer até 2014” disse.

O ex-prefeito disse ainda que chegou a fazer um levantamento de todos os medicamentos que estavam para vencer para tentar fazer uma permuta com outros hospitais, porém, sem sucesso. “Pois bem, foi feito um levantamento na nossa gestão de todos os medicamentos que estavam para vencer e nós procuramos fazer permuta com outros hospitais e com outras cidades para evitar a perda desses medicamentos, mas infelizmente tem medicamentos que foram comprados e que tem uma saída muito pequena e por ter essa saída pequena acabou-se perdendo nos almoxarifados de Várzea Grande, no central que é o Cadim. Então o que eu posso dizer, que esses medicamentos vencidos foi feito um levantamento, foi feito uma auditoria e esses medicamentos tem que ser incinerados” ressaltou.

Walace criticou o fato de a culpa recair apenas sob sua gestão. “As denúncias, elas são importantes, agora, tem que dar nome correto as pessoas, se eu tenho culpa, vou responder pela minha culpa, agora não pode imputar a pessoa do doutor Walace, a gestão do doutor Walace, a culpa de medicamentos vencidos, compradas em outras gestões, eu não concordo com isso. Agora, com certeza, a dona Lucimar permanecendo no cargo ela vai ter que fazer a licitação que pode demorar, três meses, seis meses ou um ano” enfatizou.

No entanto, em nenhum momento o ex-prefeito falou em controle de estoque, já que o Tribunal de Contas da União (TCU) havia o alertado para se prevenir a fim de evitar desperdícios. O alerta foi ignorado pelo ex-gestor, que insistentemente, sem organizar o Almoxarifado Central, licitou mais de R$ 30 milhões em medicamentos.

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