A secretária de Assistência Social de Várzea Grande, Kathe Kohlhase, rebateu na manhã desta sexta-feira (09.10) as críticas dos vereadores do município referente à eleição do Conselho Tutelar. De acordo com ela, os parlamentares quiseram chamar “atenção” e fazer “populismo” por meio do pleito, devido a sua suspensão ocorrida no último domingo (04.10).

Kathe Kohlhase afirmou ao VG Notícias que todo o processo eleitoral do Conselho Tutelar foi transparente e que todos os parlamentares foram convocados para conhecerem e acompanhar o andamento do pleito e também a forma de votação que seria realizada. Mas, conforme ela, apenas o vereador Claido Celestino – popular Ferrinho (PROS) -, compareceu enquanto os demais enviaram representantes.

“O promotor de justiça Mauro Poderoso esteve presente na reunião e o único vereador que compareceu foi o Ferrinho. Tiveram alguns representantes dos demais gabinetes. Nós temos uma ata constituída e assinada por todos, e também o departamento jurídico da Casa Leis esteve presente. Todos assinaram e concordaram com a forma que a eleição estava proposta que seria feita no domingo”, relatou.

Kathe revelou ainda que a decisão de suspender a eleição partiu dela em conjunto com a equipe organizadora do pleito – tendo o aval do promotor Mauro Poderoso -, destacando que em nenhum momento os parlamentares auxiliaram na decisão.

“A decisão foi da minha pessoa junto com os coordenadores do processo eleitoral e a anuência e confirmação do promotor de justiça. Eu acho que é um pouco de populismo e para chamar atenção que esses vereadores estão fazendo essas declarações” relatou.

Ela disse ainda que desde o início pessoas com interesse político, tentaram transformar a eleição do Conselho Tutelar em “política”, e que como não conseguiram o objetivo, tumultuaram o pleito eleitoral.

“A eleição do Conselho Tutelar ela não é política, tem que ser por pessoas capacitadas e o processo foi pautado nisso. Então tinha muitos candidatos e isso com certeza dificultou a eleição das pessoas que tem interesse político e eles promoveram todo esse tumulto”, declarou.

A secretária ainda acrescentou: “É fácil muitas vezes fazer as críticas, mas na verdade é que nós temos que participar do processo e propor as soluções, porque somente criticar é fácil”.

Outro Lado – A assessoria jurídica da Câmara Municipal de Várzea Grande entrou em contato com a reportagem do VG Notícias, por meio da advogada Lúcia Pereira, para contestar a informação da secretária de Assistência Social e garantiu que a Casa de Leis não concordou com o sistema de votação apresentado em reunião no último dia 02, conforme declarado por Kathe.

“Na ata da reunião não fala que nós concordamos com o sistema, só fala que foi demonstrado o sistema. Eu ainda fiz vários questionamentos sobre a votação, como qual seria o tempo de votação e se não causaria tumulto. Ele (Leandro Momente) disse que não tinha como, que era seguro, era rápido”, relatou Pereira.