Após o deputado Marco Feliciano divulgar um vídeo nas redes sociais criticando os artistas e pedindo para que eles “parem de mamar as tetas do governo”, o humorista Gustavo Mendes decidiu sair em defesa da classe.
“Meu caro pastoreco Marco, eu não acredito que você usou a internet para ofender diretamente a mim e aos meus colegas, chamando-nos de vagabundo”, disse o artista.
“Justamente você me chamou de vagabundo, que além do seu salário de deputado, todas as outras vantagens financeiras que seu cargo te oferece, faz de altares pelo Brasil inteiro verdadeiros circos de extorsão financeira, através da fé alheia de pobres que te ouvem e que, movidos por sua dissimulação cara de pau, entregam dinheiro, relógios, como ‘oferta'”, criticou o humorista se referindo ao fato de Feliciano ser pastor de igreja evangélica.
Gustavo diz ainda que, como artista no Brasil, vive do seu trabalho e tem as preocupações sobre o amanhã, “como milhões de outros artistas”. “Somos, ao contrário de Vossa Excelência, dignos, honrados, pagadores de nossos impostos. Pagamos caro para exercer de cabeça erguida nossa profissão”, afirmou.
Trabalhadores
Sobre a “falta de peito” dos ministros de Temer, Gustavo Mendes diz que falta muito mais. “Falta ficha limpa, legitimidade do voto e, principalmente, dignidade que nós trabalhadores de verdade temos. Não só nós artistas, mas toda a população brasileira contrária a esse golpe”. “Vagabundo é o senhor, sua chapinha, sua sobrancelha feita e seu alisamento ridículo”.
Segundo o Gustavo, Marco Feliciano promoveu um retrocesso de direitos e chacinas contra a população gay e a comunidade negra, além de seguidores de matrizes africanas. “Você, alisado deputado, é a personificação do vômito. É a nossa vergonha e o ridículo encarnado”.
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