O Movimento Organizado pela Moralidade e Cidadania (ONG MORAL) ingressa na tarde desta quarta-feira (04.06) com pedido junto ao Conselho Superior do Ministério Público (CNMP) para pedir o afastamento do procurador-geral de Justiça de Mato Grosso, Paulo Prado.
Em entrevista ao VG Notícias, Gilmar Brunetto, membro do Ong Moral, afirmou que a solicitação é uma forma de “preservar” a honra e a imagem do Ministério Público Estadual (MPE) por conta do suposto envolvimento do procurador-geral nas investigações da operação “Ararath", da Polícia Federal.
De acordo com ele, as acusações contra Prado são gravíssimas e podem acabar “respingando” em todos do MP. “O afastamento dele é necessário pelo próprio bem do Ministério Público. Ele afastado não irá manchar o nome do MP porque caso Paulo Prado continue no comando do órgão, a imagem do Ministério Público perante à sociedade pode parar na lama”, disse Brunetto.
O representante da Ong, disse ainda que o prudente seria que o próprio Paulo Prado pedisse afastamento do cargo, assim como fez o promotor de justiça, Marcos Reginold Fernandes do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), que se afastou do cargo após ser apontado pela Polícia Federal, durante as investigações da operação “Ararath”, como “protetor” do ex-secretário do Estado, Éder Moraes.
“O Paulo Prado deveria pedir o seu afastamento e evitar que sua imagem seja “manchada”. Afastado do cargo ele poderia buscar meios de se defender e comprovar o seu não envolvimento com esse esquema financeiro que está sendo objeto de investigação da Polícia Federal”, declarou Gilmar.
Os nomes do procurador-geral de Justiça, Paulo Prado e de vários promotores e procuradores de Justiça teriam sido encontrados em uma suposta lista apreendida durante as investigações da Polícia Federal na residência do ex-secretário de Estado, Éder Moraes.
Prado saiu em defesa do Ministério Público e rechaçou qualquer tentativa de intimidação, esclarecendo que a lista apresentada pela Polícia Federal e Ministério Público Federal refere-se a pagamentos de cartas de créditos de origem lícita, pagas a quem possuía direitos trabalhistas. Conforme o procurador-geral, as negociações foram feitas com deságios de mais de 25% e o pagamento parcelado em 12 vezes, sem correção monetária.
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