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Política Sexta-feira, 24 de Fevereiro de 2017, 15:20 - A | A

Sexta-feira, 24 de Fevereiro de 2017, 15h:20 - A | A

Operação Arca de Noé

Riva afirma que desvios na AL/MT mais favoreceram terceiros do que a si mesmo

Lucione Nazareth/ VG Notícias

Olhar Direito

Riva

 

O ex-deputado estadual José Riva presta depoimento nesse momento à juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane Santos Arruda, em mais de 10 processos criminais decorrentes da Operação Arca de Noé.

O ex-deputado é acusado, pelo Ministério Público Estadual (MPE, de desviar em tono de R$ 500 milhões (valores atualizados) dos cofres da Assembleia Legislativa (AL/MT) utilizando as factorings do ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro.

Conforme o MP, o esquema funcionava por meio de uma simulação de gastos com empresas de fachada.

Em depoimento recente em um dos processos criminais da Operação Arca de Noé, Riva confirmou a existência do esquema de desvio de dinheiro da AL/MT.

O ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Humberto Bosaipo também está presente na audiência. 

Ainda são réus na ação penal servidores da Assembleia Legislativa como Guilherme da Costa Garcia, Juracy Brito, Geraldo Lauro, Nivaldo Araújo, José Quirino Pereira, Joel Quirino Pereira, Nilson Roberto Teixeira, Luiz Eugênio de Gosoy, Cristiano Guerino Volpato, Nasser Okde, Varney Figueiredo de Lima, o ex-deputado José Carlos Freitas Martins, Ernandy Maurício Baracat Arruda (Nico Baracat), e Benedito Pinto.

Depoimento – O ex-deputado começa o depoimento entregando a juíza Selma Arruda uma relação de cheques que teriam sido pagos a João Arcanjo Ribeiro.

15h20 - O ex-parlamentar afirma que o dinheiro desviado da AL/MT pagou despesas de campanha, investimento em campanha, favorecendo muitas pessoas, incluindo políticos.

O ex-presidente da AL/MT disse a gerência do Banco Real sabia que servidores da Casa de Leis contraiam empréstimos, que somados chega a R$ 2,9 milhões, para pagamentos de dívidas do Legislativo com as factorings de propriedade de João Arcanjo Ribeiro.

15h48 - Riva afirma que Humberto Bosaipo teve participação do esquema, mas garante que nem ele nem Bosaipo tinha conhecimento dos nomes dos servidores públicos que cederam seus nomes para a contração de empréstimos junto ao Banco Real.

16h10 - Riva diz que em 1995, assim que assumiu a primeira secretaria da AL/MT, o Legislativo tinha dívidas de aproximadamente R$ 35 milhões, sendo que R$ 10 milhões oficializados e R$ 25 milhões não contabilizados.

Conforme ele, naquele ano o orçamento da Assembleia era de R$ 36 milhões, e que quase 90% do montante era utilizado para quitar a folha de pagamento. “Era impossível quitar as dívidas com orçamento que tínhamos na época”, disse Riva.

O ex-deputado revelou que para pagar as dívidas com a factoring de João Arcanjo Ribeiro, foi acordado com as empresas que forneciam produtos a AL/MT, a emissão de notas fiscais com valor a maior. “Parte do dinheiro pago as empresas, elas as devolviam para a Assembleia e em assim começamos pagar as dívidas”, explicou, informando que o deputado Gilmar Fabris (PSD) e Bosaipo tinham conhecimento do esquema.

16h25 - Riva diz que nos esquemas realizados na Assembleia Legislativa mais favoreceu a outras pessoas do que a si mesmo.

“Fiz um exame de autoconsciência e vi que fiquei 20 anos fazendo coisa errada, beneficiando mais aos outros do que a mim. Eu fiz um compromisso com Deus de falar a verdade”, afirmou.

16h43 - Riva cita que grande parte dos servidores públicos acusados de participar do esquema “foram usadas”, pelos deputados envolvidos na licitude, e não tinham conhecimento de que estavam participando de um amplo esquema de corrupção.

O ex-deputado apontou Geraldo Lauro, Juracy Brito, Varney Figueiredo de Lima, Cristiano Guerino Volpato, Djan da Luz, e um servidor identificado como Romildo, como aqueles que supostamente foram apenas “usados” no esquema.

16h48 - Riva afirmou no depoimento que será “muito difícil” identificar todas as pessoas que se beneficiaram do dinheiro desviado da Assembléia. “Na Assembleia era um descontrole total, e por isso acredito ser difícil identificar todos os envolvidos”, apontou ao encerrar o depoimento. 

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