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Política Segunda-feira, 03 de Junho de 2013, 16:47 - A | A

Segunda-feira, 03 de Junho de 2013, 16h:47 - A | A

Polícia descarta “sabotagem” em apostilas que ofendem cidades de MT; Em 13 meses Silval paga mais de R$ 13 milhões ao Instituto Concluir

por Rojane Marta & Lucione Nazareth/VG Notícias

O coordenador de Inteligência Tecnológica, delegado Anderson Veiga, descartou que houve “sabotagem” nas apostilas do curso do programa “Qualifica Mato Grosso”, que detonaram alguns municípios do Estado. A hipótese de sabotagem foi apresentada pelo Instituto Concluir – responsável pela confecção das apostilas, logo após detectar o erro.

O resultado das investigações sobre o caso foi apresentado em coletiva na tarde desta segunda-feira (03.06) pela Gerência de Combate a Crimes de Alta Tecnologia (Gecat), da Diretoria de Inteligência da Policia Judiciária Civil.

As cartilhas tinham como objetivo contar a história dos municípios mato-grossenses, para incentivar o turismo na Copa do Mundo, em 2014. No entanto, Cáceres, Barão de Melgaço, Santo Antônio de Leverger e Poconé tiveram suas histórias distorcidas.

De acordo com o delegado Anderson Veiga, três pessoas foram responsabilizadas pelo crime de violação dos direitos autorais, com pena de dois a quatro anos, são eles: Eduardo Paiva - presidente do Instituto, Aroldo Portela - diretor do Instituto, e Cristiane Aparecida da Silva Rondo – funcionária contratada pelo Instituto para fazer a pesquisa - ela recebeu R$ 6 mil pelo serviço.

O delegado ainda destacou que não houve “má fé” por parte dos envolvidos, mas sim desleixo e incompetência, pois, ao invés de fazer a pesquisa sobre os municípios do Estado optaram em copiar e colar. Veiga explicou que o foco da investigação foi para apurar se houve ou não sabotagem e os direitos autorais, por isso, não tem como precisar o prejuízo ao erário. Segundo ele, o inquérito será encaminhado para o diretor da Policia Judiciária Civil, para então ser direcionado para a delegacia responsável para instaurar um novo inquérito sobre o prejuízo ao erário.

Conforme as investigações, os conteúdos das apostilas foram todos copiados, e em nenhum momento foi citado à fonte. Ainda, entre o contrl C/contrl V, o Instituto não se atentou que copiava conteúdo de um site de sátira – o Desiclopédia – pagina que faz uma sátira do conteúdo da enciclopédia on-line Wilkipédia.

As apostilas que detonaram alguns municípios de Mato Grosso foram distribuídas em um curso de capacitação gratuito oferecido pelo governo do Estado, por meio da Secretaria de Trabalho e Assistência Social (Setas), aos atendentes em hotelaria e turismo. O valor total pago ao Instituto foi de mais de R$ 600 mil, cada apostila custou aos cofres públicos R$ 105,63 – ao todo foram confeccionadas seis mil apostilas.

Conforme trechos da cartilha, Cáceres é um pântano fedorento e foi fundada por "um grupo de excomungados gatos de botas que carregavam bandeiras, índios tabajaras, freiras lésbicas celibatárias e fugitivos de um circo de horrores holandês". A cartilha trata Barão de Melgaço, como um “pântano, natureza selvagem e total falta de ligação com a civilização e mundo exterior”.

Contratos – O Instituto Concluir possui vários contratos com o governo do Estado. De acordo com o portal transparência do Estado, de janeiro de 2012 a abril de 2013 o Instituto recebeu mais de R$ 13 milhões do Governo Silval Barbosa (PMDB), veja o extrato:

 

 

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