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Política Domingo, 28 de Dezembro de 2014, 10:00 - A | A

Domingo, 28 de Dezembro de 2014, 10h:00 - A | A

Fim de Carreira

Depois de 42 anos de vida pública, Júlio Campos se despede do cenário político

Após 42 anos na política, o deputado federal Júlio Campos (DEM) e ex-prefeito de Várzea Grande se despede em 2014 da vida pública.

por Lucione Nazereth/VG Notícias

Após 42 anos na política, o deputado federal Júlio Campos (DEM) e ex-prefeito de Várzea Grande se despede em 2014 da vida pública.

Júlio não tentou buscar a reeleição no pleito de 2014 e encerrou a o mandato tendo uma “dor de cabeça” que ele não esperava. Em julho deste ano, o então parlamentar teve seu mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Estado (TRE/MT), e ainda recebeu uma multa no valor de R$ 50 mil.

O democrata foi acusado pelo Ministério Público Eleitoral de cometer crimes de captação ilícita de sufrágio, arrecadação e gastos ilícitos de recursos, e de compra de votos de eleitores nas eleições de 2010, por meio de distribuição de vales compras e tickets de combustível. Conforme a denúncia, a compra de votos era “orquestrada” pelo filho do parlamentar, Júlio Neto (DEM).

A denúncia foi comprovada por meio de busca e apreensão realizada pela Policia Federal, onde foram apreendidos vales-compra e tíquetes combustíveis, listas de eleitores beneficiados, recibos, notas fiscais, bilhetes e comprovantes de crédito.

Júlio ainda tentou reverter à decisão no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas a ministra Maria Thereza de Assis Moura, em decisão monocrática, negou pedido liminar do deputado e o manteve cassado. Apesar disso, o democrata conseguiu, por meio judicial, terminar o mandato como deputado federal.

Ainda em 2014, Campos sofreu mais uma “derrota” dessa vez na política. O filho do deputado, Júlio Neto, não conseguiu eleger-se deputado estadual nas eleições após obter 10.600 votos. Em Várzea Grande, reduto eleitoral da família, Júlio Neto teve 3.229 votos, sendo o 29° mais bem votado no município.

Aos 68 anos, o democrata disse que deixa a política de cabeça erguida e afirmando que contribuiu muito para o desenvolvimento de Mato Grosso e principalmente de Várzea Grande.

História – Júlio Campos iniciou sua carreira política em 1964 ao filiar-se ao PSD e em 1969 formou-se em Agronomia na Universidade Estadual Paulista. Secretário de Viação e Obras Públicas em Várzea Grande foi professor da Universidade Federal de Mato Grosso e chefiou o setor de Colonização e Operações da Companhia de Desenvolvimento de Mato Grosso (CODEMAT).

Eleito prefeito de Várzea Grande pela ARENA em 1972 e deputado federal em 1978, migrando-se para o PDS anos depois onde foi eleito governador de Mato Grosso em 1982 na primeira disputa direta para o Palácio Paiaguás.

Após migrar para o PFL renunciou ao governo e foi eleito sucessivamente deputado federal em 1986 e senador em 1990. Júlio sofreu algumas derrotas na política, como o governo do Estado em 1998 para Dante de Oliveira, e a Prefeitura de Várzea Grande em 2008 para Murilo Domingos. Após as derrotas ele retornou ao meio empresarial até ser eleito deputado federal em 2010.

Em 2012, o parlamentar perdeu a esposa, a professora Izabel Campos, vítima de câncer. Desde 2005, a esposa de Júlio tratava de um câncer, que comprometeu primeiramente o ovário, mas espalhou-se por outros órgãos.

Em homenagem a esposa do deputado, o governo do Estado “batizou” o viaduto Dom Orlando Chaves em Várzea Grande, de viaduto Izabel Campos

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