O vice-prefeito de Várzea Grande, Arilson Arruda (PSD), em entrevista ao VG Notícias, faz um balanço dos avanços que ocorreram na Saúde do município nestes sete meses de gestão e afirma que o atual grupo político participará das eleições deste ano previsto para o mês de outubro.
Arilson lembrou que assumiram o município, além da falta de medicamentos, materiais básicos de limpeza, estrutura física para atendimento, ainda encontraram servidores desmotivados por falta de condições de trabalho, e com isso levou certo tempo para que as correções emergenciais fossem feitas, sem parar a administração para fazer os ajustes.
“Ajustamos o carro andando. Porque já estava complicado, se parássemos, a situação seria pior. A prefeita, sensibilizada com as dificuldades que estava presenciando, tinha pressa em resolver a questão da saúde. Ela trabalhou incansavelmente, sem trégua para ver a população sendo atendida com dignidade”.
Outra dificuldade que encontramos foi à falta de contratos e muitos convênios vencidos e o dinheiro retornando ao governo Federal. “Hoje a gente já observa melhora significativa para os pacientes e para os servidores. No início de nossa gestão faltavam medicamentos básicos, hoje já não falta, ou se falta é esporádico, por algum motivo de compra”.
Ele falou sobre a entrega da primeira ala do Pronto-Socorro e disse que houve uma melhoria substancial, com mudança de leitos, com oxigênio, com ar comprimido e a relação médico-paciente. As unidades que estavam sucateadas, hoje já têm três em reforma, com outra “cara” com outra estrutura. Além das Unidades de Pronto Atendimento (Upas) que serão entregues em 2016.
Arilson enfatizou que o grande “calcanhar de Aquiles” do município será na Atenção Básica, que existiam 14 unidades de PSFs e elas passaram por auditoria e foram cancelados os contratos por vícios. Segundo ele, os contratos e convênios foram encaminhados à Controladoria Geral do município para que tomem as providências e abram prazo para defesa das pessoas envolvidas. Por conta disso, observou, a atual gestão terá que fazer novas licitações para construção de novas unidades para e melhorar a cobertura na saúde e atenda toda população. Ele lembrou ainda da construção do Centro Odontológico já no início deste ano.
O vice-prefeito reafirmou que o governo do Estado precisa ajudar o município com mais recursos. Segundo ele, até o momento a ajuda do governador a Várzea Grande não passou de promessa.
Ele observou que 40% dos atendimentos no Pronto-Socorro municipal são de pacientes da Baixada Cuiabana e de Estados e Países vizinhos. “A saúde da Baixada Cuiabana não é competência de Várzea Grande é do Estado. Não podemos arcar com as despesas recebendo apenas R$ 800 mil. Esperamos que 2016 o governador olhe com carinho e respeito à população várzea-grandense”.
O vice-prefeito destacou que os avanços não foram apenas na área de Saúde, mas na infraestrutura, educação, meio ambiente e desenvolvimento econômico, pasta responsável pelos Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público Estadual (MPE) que ajudou o município, uma vez que por meio dos TAC é que foi possível a atual gestão realizar ações consideráveis para Várzea Grande.
Sobre as críticas que fez recentemente ao governo do Estado por falta de investimento no município - e que poderia levar um “puxão de orelhas” do vice-governador, Carlos Fávaro, do mesmo partido que ele, Arilson disse que o momento é de pensar na população, na atual gestão, não em política partidária.
O médico disse ainda, que não existe isso de “puxar orelha” até porque o que há entre ele o vice-governador é uma relação partidária respeitosa e neste sentido não há hierarquia.
“Estamos imbuídos de fazer o melhor para o Estado de Mato Grosso. Várzea Grande é o segundo maior município do Estado e merece um olhar diferenciado. Afinal, somos quase 300 mil habitantes, não dá para desconhecer isso”, advertiu o vice.
Quanto à reeleição, Arilson afirmou que é cedo para discutir o assunto, mas garantiu que o atual grupo político estará na disputa.
“Seguramente nosso grupo vai participar das eleições. Não podemos deixar que todo trabalho sério que está sendo realizado na gestão Lucimar Campos e Arilson Arruda seja jogado fora ou nas mãos de aventureiro. Várzea Grande não suporta mais experimentos, já sofremos muito nos últimos 10 anos. Temos que pensar na cidade, em nossa população. Nascemos aqui, crescemos aqui, estudamos aqui nas escolas municipais e estaduais e amamos Várzea Grande. Temos que ter cuidado e muito carinho com a cidade. Chega de aventura, nossa população não suporta mais pagar por irresponsabilidade e malversação do dinheiro público”, finalizou o vice-prefeito.
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