A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (1°) a sétima fase da Operação Ararath, que apura esquema de lavagem de dinheiro e crimes financeiros, que teriam causado um rombo de pelo menos R$ 500 milhões no Estado.
O ex-secretário de Fazenda, Eder Moraes seria o alvo da operação e foi preso na manhã desta quarta-feira, em sua residência no Condomínio Florais dos Lagos, na Capital. Os mandados foram expedidos pelo juiz da 5ª Vara Federal, Jeferson Schneider, para apurar a ocultação e a lavagem de dinheiro.
De acordo com informações da PF, Éder Moraes estava realizando operações imobiliárias fraudulentas, com valores inferiores aos praticados no mercado, e que foram adquiridos veículos de alto padrão, sempre em nome de terceiros (laranjas), com o notório intuito de ocultar a real propriedade e impedir o cumprimento de decisão judicial de sequestro/arresto de bens. Na garagem da residência de Éder Moraes, no condomínio Florais dos Lagos, a PF encontrou três “carrões” um Land Rover Evoque, uma Mitsubishi e uma Dodge.
Além de constituírem crimes próprios, tais condutas também violam decisão judicial que concedeu liberdade provisória a um dos investigados.
Após ser encaminhado a sede da Polícia Federal, o ex-secretário deve ficar no mesmo local que o ex-presidente da AL, José Riva no centro de Custódia de Cuiabá (CCC).
Atualizada ás 10h25 - o ex-secretário é acusado de transferir um terreno em seu nome para o filho, Éder de Moraes Dias Junior. De acordo com a PF, a transação tinha como objetivo evitar possíveis bloqueios de bens de Moraes.
O advogado de Eder, Ronan Oliveira, que está na sede da Polícia Federal, informou que não tem conhecimento do motivo da prisão e do que foi apreendido na residência do ex-secretário.
Ele disse ainda que irá ingressar ainda hoje com um pedido de habeas corpus para tentar soltar Eder.
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