Pelo menos 2 homens ficaram feridos num confronto envolvendo policiais militares e foliões durante o carnaval de rua nas imediações da Praça da Mandioca, região central de Cuiabá, na madrugada desta terça-feira (9).
Um rapaz sofreu um corte na perna atrás do joelho e foram necessários vários pontos para fechar o ferimento. Ele acredita que o ferimento foi causado por um tiro de arma não letal disparado pelos policiais.
Houve disparos de tiros não letais, bombas de feito moral e spray de pimenta arremessados pelos policiais contra os envolvidos na “carnaval paralelo”. Outro rapaz também foi alvejado na altura da cintura e gravou um vídeo que foi publicado no Facebook mostrando a marca do tiro recebido.
Fabrício de Oliveira, o jovem que sofreu um corte na perna relatou para amigos num aplicativo de celular que a atuação dos policiais foi “tipo uma varredura desnecessária” pois queriam acabar com a festa. Confirmou que foram usados spray de pimenta, bombas de efeito moral e balas de borracha foram disparadas “para tudo quando é lado”.
Ele disse que estava “de boa” e demonstrou preocupação, pois afirma que as balas poderiam atingir até mesmo uma criança já que na Praça da Mandioca tem famílias com crianças e idosos participando do carnaval.
Outro lado
A versão oficial da Polícia Militar repassada pela assessoria de imprensa é a de que um grupo composto por várias pessoas realizava uma festa de carnaval “paralela” e com som alto nas proximidades da Avenida Mato Grosso. A Polícia Militar foi acionada e alguns PMs foram o local e pediram aos participantes que desligassem o som.
Na versão da PM, houve pelo menos uns 2 pedidos para que o som fosse desligado, mas os foliões não atenderam o pedido e teriam começado a arremessar garrafas contra os policiais criando uma situação de tumulto.
Foi então, que os policiais militares, revidaram para se defender e também para restabelecer “a ordem no local”. Conforme a assessoria da instituição, foram usadas armas não letais e disparos foram feitos em direção aos foliões que arremessavam as garrafas.
O coronel Jorge Luiz, comandante do Comando Regional I disse que essa foi a versão dos policiais envolvidos na situação. De acordo com a PM, quando terminou o tumulto e os policiais voltaram para a Praça da Mandioca onde acontecia o evento oficial e não havia qualquer informação sobre pessoas feridas em função do confronto.
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