O Juiz da Primeira Vara Criminal de Várzea Grande, Otávio Vinícius Affi Peixoto, concedeu a liberdade provisória ao policial militar V. D. C. preso em abril deste ano pela operação Mercenários.
Segundo a denúncia, policiais militares estavam executando pessoas ligadas ao crime em Várzea Grande. Além do soldado, foram presos mais cinco policiais militares, seis vigilantes, dois informantes e dois homens não identificados.
A defesa do soldado "refutou as alegações contidas na denúncia e ressaltou que seu cliente não tem qualquer participação em condutas ilícitas".
Os advogados Rodrigo Araújo e Ivo Mendes ainda mencionaram que a prisão somente fora mantida por tanto tempo por tratar-se de policial militar.
"Infelizmente a farda do policial militar ao invés de consolidar o princípio da presunção da inocência e mantê-lo solto durante o trâmite de processos criminais, tem sido um argumento para manutenção da custódia cautelar, mesmo naqueles casos em que o policial é réu primário" destacaram.
Segundo os advogados, essa postura não pode prevalecer, pois há um pré-julgamento de que a profissão, por si só, é prova de que o policial irá atrapalhar a investigação criminal, além de trazer risco à ordem pública.
Quando a operação fora deflagrada, o diretor da Polícia Civil em Mato Grosso, mencionou que tratava-se de uma das maiores ações desenvolvidas no Estado.
Essa seria a terceira maior operação, ficando atrás da Arca de Nóe, deflagrada em 2002 pela Polícia Federal que prendeu o bicheiro João Arcanjo Ribeiro.
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