Confirmada às 19h23min, pela equipe médica do Pronto-Socorro de Várzea Grande, o óbito de Valdir Pereira da Rocha, 36 anos, preso em julho deste ano, na Operação Hashtag, da Polícia Federal, sob suspeita de integrar um grupo que planejava atentado terrorista nas Olimpíadas no Rio de Janeiro é espancado por detentos e tem morte cerebral decretada. O corpo de Rocha foi encaminhado ao necrotério do Pronto-Socorro e o IML já foi acionado. A causa da morte será divulgada após a necropsia.
Preso há mais de dois meses na Penitenciária Federal de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, ele foi transferido na última quinta-feira (13.10) para a Delegacia Pública do Capão Grande, em Várzea Grande.
Ele teve a morte cerebral decretada aproximadamente seis horas após dar entrada no Pronto-Socorro. Conforme a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), ele teria sido espancado por volta das 12 horas.
Operação - Deflagrada pela Polícia Federal em julho deste ano, com o objetivo de deter um grupo suspeito de planejar um ataque terrorista durante a Olimpíada do Rio de Janeiro. Valdir Pereira da Rocha foi um dos dois presos em Mato Grosso. Ele se entregou à polícia em 22 de julho e foi encaminhado para o presídio Federal de Campo Grande, assim como os outros presos na operação.
Em 16 de setembro, a Justiça Federal determinou que Valdir, que não foi denunciado na operação, fosse solto com o uso de tornozeleira. Porém, segundo a Corregedoria da Penitenciária Federal de Campo Grande, havia uma ordem de regressão de pena contra Valdir, determinada pela Justiça de Mato Grosso, por conta de outro crime que ele já havia cometido e pelo qual havia sido condenado.
A Sejudh investiga se Valdir foi agredido por colegas de cela ou se a entrada de outros detentos foi facilitada. De acordo com a pasta, a Cadeia Pública de Várzea Grande tem aproximadamente 300 detentos.
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