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Nacional Quarta-feira, 26 de Novembro de 2014, 16:40 - A | A

Quarta-feira, 26 de Novembro de 2014, 16h:40 - A | A

no Paraná

Estudante de Direito é presa por furto de carro, estelionato e porte ilegal de arma

Contra a jovem, pesam acusações de pelo menos quatro crimes: estelionato, porte ilegal de arma, furto qualificado e roubo.

Extra

A Polícia Civil de Apucarana prendeu na tarde da última terça-feira (25.11) a estudante de Direito Fabiana Sporh Godk, de 27 anos, na cidade de São João do Ivaí, interior do estado. Contra a jovem, pesam acusações de pelo menos quatro crimes: estelionato, porte ilegal de arma, furto qualificado e roubo.

A prisão foi efetuada pela 17ª Subdivisão Policial de Apucarana (SDP) depois de receber informações da Polícia Civil de Curitiba sobre o paradeiro da moça. Ela era procurada desde o dia 10, quando um mandado de prisão foi expedido contra ela pela Justiça pelos crimes de estelionato e porte ilegal de arma.

Desde as primeiras notícias sobre a carreira criminosa da moça, ela foi apelidada de “ladra gata” pelos policiais e pela imprensa local. Na delegacia onde foi apresentada esta manhã, Fabiana negou todos os crimes e afirmou ser “uma vítima da mídia” por “ser bonita”, contou o delegado José Aparecido Jacovós.

Para o delegado Renato Bastos Figueroa, do 8º Distrito Policial de Curitiba, a história de Fabiana, no entanto, não tem nada a ver com sensacionalismo. Desde 2007, quando tinha 21 anos, ela comete crimes, segundo Renato, com a certeza da impunidade. Ele vai pedir a prisão preventiva da jovem.

— Acredito que estão presentes os requisitos suficientes para o pedido de prisão. A sensação de impunidade que ela tem é gritante. Ela realmente acha que nunca será presa — contou Renato, que já havia presidido um inquérito contra Fabiana em 2012, quando esteve à frente da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículo da capital. Na época, ela foi acusada de roubar um veículo de modelo HB 20, da marca Hyundai, após ir até a concessionária e sair com o carro para um teste-drive.

O recente mandado de prisão refere-se ao porte de duas armas usadas em um latrocínio e tentativas de golpes no comércio de peças automotivas. Somadas, as duas penas chegam a 4 anos e 6 meses de prisão. Mas há ainda outra acusação contra ela: o dono de uma ótica da capital acusa a jovem de ter roubado um óculos, de mais de R$730. Ela teria agredido a vendedora e fugido com o objeto.

Através da delegacia de Apucarana, o EXTRA tentou conversar com Fabiana. Com a voz calma, ela negou os crimes. O filho de seis meses e o atual companheiro a acompanhavam no local. O comportamento e aparente tranquilidade demonstrados na apresentação feita na delegacia são usados também na prática dos crimes: a polícia chegou até ela justamente porque Fabiana nunca escondeu os atos ilícitos, afirma Renato.

— A forma dela agir é diferenciada. Ela faz os cadastros no nome dela, não se esconde, não se utiliza de um ardil para dar um documento falso, por exemplo. Ela simplesmente põe a cara. As pessoas questionam, dizem que é só um óculos, mas prisão dela é emblemática, porque ainda que obviamente ela vá constituir um defensor, é fato que nosso sistema penal acaba de alguma forma privilegiando essas pessoas que têm condição de estabelecer um advogado.

Fabiana será escoltada por policiais de Apucarana até Curitiba ainda nesta tarde. O depoimento no 8º Distrito Policial está marcado para amanhã. Após ser ouvida, ela será encaminhada ao centro de triagem da Polícia Civil.

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