O ex-secretário de Estado de Educação, e atual deputado federal Ságuas Moraes (PT), recebeu R$ 150 mil em doações de campanha nas eleições de 2014, de empresas acusadas pelo Gaeco de participar de fraudes em processos licitatórios dentro Secretaria de Estado de Educação (Seduc/MT).
O deputado petista ocupou o cargo de secretário de Estado de Educação em duas oportunidades, entre maio de 2007 e março de 2010 na gestão de Blairo Maggi (PR), e de novembro de 2011 a outubro de 2013 durante gestão de Silval Barbosa (PMDB).
Conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) referente à doação de campanha, nas eleições de 2014 o petista recebeu R$ 82,5 mil da empresa JER Engenharia Elétrica e Civil Ltda de propriedade do empresário Leonardo Guimarães.
Guimarães foi apontado ao lado do empresário Luiz Fernando da Costa Rondon sócio administrador da empresa Luma Construtora, como os responsáveis por levar as informações de processos licitatórios referente da Seduc/MT para os demais empresários participantes no esquema, e depois distribuir as licitações as empresas.
Leonardo chegou a ser conduzido coercitivamente pelo Gaeco para Delegacia Fazendária (Defaz/MT) para prestar informações sobre o esquema.
Ságuas também recebeu doação de campanha da empresa Aroeira Construções. A empresa também é apontada pelo Gaeco como participante do esquema de fraudes em licitação na Secretária de Educação. A construtora doou R$ 67,5 mil por meio de transferências eletrônicas.
Vale lembrar que o deputado Ságuas Moraes deixou a Seduc/MT em 07 de outubro de 2013 quando reassumiu o mandato de deputado federal. Um ano depois, nas eleições de 2014 o petista foi reeleito com 97. 858 votos como deputado federal.
Outro Lado – Em nota encaminhada ao VG Notícias, por meio da assessoria de imprensa, o deputado Ságuas Moraes informou que pediu e recebeu doações de campanha de diversas empresas e pessoas físicas, e que todas elas foram declaradas na sua prestação de contas entregue ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE/MT).
O petista disse ainda, que recebeu as doações das empresas JER e Aroeira de forma espontânea, diferente da cobrança de propina que foi desvendada na Seduc/MT.
“Quando recebi doações dessas empresas já não estava mais na Seduc, pois deixei a Pasta, repito, em outubro de 2013”, finalizou.
Confira a Nota na integra:
A Imprensa de Mato Grosso veiculou na terça-feira (03.05.2016) que a Operação Rêmora do Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), desbaratou uma quadrilha organizada por servidores nomeados na Secretaria de Estado de Educação (Seduc), que cobrava propinas de empresas que realizavam construção e reforma de Escolas, na ordem de 3 a 5% para liberar pagamento referente a essas obras.
Informo que deixei a Seduc em outubro de 2013, quando reassumi o mandato de deputado federal e concorri à reeleição em 2014. Durante a campanha pedi doações a diversas empresas e pessoas físicas. Todas as doações que recebi estão declaradas na minha prestação de contas entregue ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e são de domínio público.
Dentre tantas empresas e pessoas físicas que doaram para a minha campanha consta as empresas JER e Aroeira, citadas na Operação Rêmora. Diferente do que o Gaeco revelou nessa Operação em que havia uma cobrança deliberada de propina dessas empresas, na minha campanha eleitoral de 2014, pedi doações espontâneas sem que elas fossem obrigadas a doar. Quando recebi doações dessas empresas já não estava mais na Seduc, pois deixei a Pasta, repito, em outubro de 2013.
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