O médico Rodrigo Barbosa, filho do ex-governador do Estado, Silval Barbosa (PMDB) é alvo da 4ª fase da operação Sodoma, deflagrada nesta segunda-feira (25.05), pela Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz).
As investigações da terceira fase da operação Sodoma revelam que Rodrigo Barbosa, recebeu propina de 85% do montante de R$ 510 mil pago pelo empresário Júlio Minori Tisuji, dono da empresa Web Tech Softwares e Serviços Ltda, que tinha contrato com o Estado. A informação consta no depoimento do ex-secretário de administração, Pedro Elias Domingos de Mello, preso na terceira fase da Sodoma.
O ex-secretário contou, em seu interrogatório, que recebeu propina do empresário em três oportunidades durante os anos de 2013 e 2014. Os valores foram pagos em parcelas, a primeira de R$ 180 mil, a segunda de R$ 170 mil, e a terceira de R$ 160 mil.
Pedro Elias disse que ficou com 15% do valor e 85% foram entregues pessoalmente ao investigado, Rodrigo Barbosa, em espécie, no apartamento dele, na região da Praça Popular, na capital. “Por isso teve a prisão decretada, por associação com a organização criminosa e participação na corrupção. Dinheiro que possivelmente seria repassado a Silval”, declarou o delegado da Defaz, Lindomar Tofoli.
Rodrigo Barbosa teve o mandado de prisão preventiva cumprido, nesta segunda-feira (25.04), em um escritório de comunicação, no Centro Empresarial Paiaguás, na Avenida Rubens de Mendonça (CPA), na capital. O local também foi alvo de busca e apreensão, assim como a casa dele.
Em entrevista ao VG Notícias, o advogado Francisco Faiad afirmou que Rodrigo já está na Delegacia Fazendária.
O mandado de prisão preventiva foi expedido pela juíza Selma Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, e foi cumprido em seu escritório em um prédio na avenida do CPA. O local também foi alvo de busca e apreensão, assim como a casa dele.
De acordo com o delegado Lindomar Tofoli, Rodrigo é investigado por envolvimento em crime de corrupção e ligação com a organização criminosa chefiada por seu pai, Silval Barbosa. Ele também teria recebido propina no governo Silval Barbosa.
Segundo o delegado, Rodrigo não foi interrogado e irá analisar a documentação do inquérito para ver se há necessidade de ouvi-lo. O preso foi encaminhado ao Centro de Custódia de Cuiabá.
A operação Sodoma, que deu origem fases 2 e 3, iniciou com investigações relacionadas à concessão fraudulenta de incentivos fiscais do Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso, o Prodeic. (Com assessoria PJC-MT)
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